Ex-presidente da ATS rebate denúncias e diz que atual gestor retarda processos

Para o ex-gestor da ATS, Galdino, o atual presidente da agência "não está à altura do cargo" e denuncia que as atividades iniciadas em sua gestão estão paradas e teme que convênios sejam perdidos.

Ex-presidente da ATS, Edmundo Galdino
Descrição: Ex-presidente da ATS, Edmundo Galdino Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O ex-presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), Edmundo Galdino, falou ao T1 Notícias que o atual presidente “não está à altura do cargo que ocupa nem do ponto de vista técnico e nem mesmo administrativo”. Segundo Galdino o programa Tocantins sem Sede foi paralisado pelo atual presidente Eder Martins Fernandes. “O programa das cisternas que estava em andamento ele mandou paralisar, eram 135 barragens apenas para ele dar a ordem de serviço, inclusive com dinheiro em caixa”, disse.

 

De acordo com o ex-presidente 105 poços artesianos, 105 caixas reservatórias de 10 mil litros e 460 km de rede de distribuição de água deviam ter sido feitos neste ano. “Até agora não foi furado nenhum poço e em consequência disso o Incra rompeu um dos convênios que conseguimos por falta de execução”, relatou.

 

Galdino informou que em sua gestão foram firmados três convênios para a implantação de poços artesianos. “Um dos convênios de 25 poços foi executado na nossa gestão e mais ou menos 20 poços implantados. Ficou uma ordem de serviço a ser realizada neste ano, era só fazer”, explicou o ex-presidente ao informar que com o fim do ano e da gestão não pode terminar a execução do contrato.

 

Quanto à implantação das cisternas, Galdino informou que cinco mil foram entregues sendo que 1,5 mil foram implantadas ainda em 2014, ficando o restante para implantação neste ano. “Como o prazo para execução vencia em dezembro de 2014, nos preocupamos em pedir a prorrogação do prazo e este foi aceito, ficando para abril de 2016. Não deixei a bomba na mão deles não”, disparou.

 

Segundo Galdino o atual presidente da ATS estaria retardando a implantação das cisternas. “Em janeiro disse que entregaria em maio, depois agosto, agora em novembro. Não vai entregar nada se continuar nesse ritmo”, avaliou ao dizer que para ele “o programa pode ser considerado uma das maiores conquistas do povo tocantinense e está praticamente parado por ordem dele [Eder Martins]”.

 

Cadastros irregulares

Segundo a ATS, 434 cadastros estariam irregulares o que Galdino nega. Ele informou que apenas 39 famílias foram identificadas como foram do perfil. “Nós fizemos a notificação na época e ficou faltando apenas ir buscar a cisterna”.

 

Na avaliação de Galdino, os cadastros inconsistentes estão dentro da normalidade e os números são irrisórios. “De nove mil cadastros feitos entregamos para o TCE e foi constatado inconsistência em apenas 1% e apenas 39 não tinham o perfil”, explicou o ex-gestor ao informar que em cada uma das cidades que foram beneficiadas foi criado um comitê gestor para acompanhar a execução dos serviços.

 

Como são 11.350 cisternas disponibilizadas pelo governo federal e na gestão anterior foram feitos 9 mil cadastros, faltariam 2.350 para serem feitos e Galdino denuncia que “mesmo sem terem sido finalizados a empresa contratada para realizar o cadastro já recebeu o pagamento quase que total”.

 

"Não acredito que o governador esteja conivente com o que está acontecendo na ATS, mas é preciso que tome uma atitude para não perder os convênios. Um já perdemos. Agora é preciso ficar atento para não realizar pagamentos indevidos de obras”, finalizou.

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