A queda de braço iniciada pelo governo do Estado, acionista da Celtins com a direção da Companhia - pela qual responde atualmente o interventor Isaac Pinto Averbuch – desde que o mesmo tomou a decisão de solicitar autorização de aumento de tarifa à Aneel sem consultar ou comunicar os acionistas, está longe de terminar.
É o que asseguram fontes do Portal T1 Notícias no Palácio Araguaia. A medida suspensiva do aumento de tarifa obtida pela Procuradoria Geral do Estado precedeu a ação judicial apropriada e pode ter desdobramentos na próxima semana.
Embora esteja investido pelos poderes concedidos a ele na Resolução Autorizativa 3648, de agosto de 2012, que vence no final do mês e pode ser prorrogada, o interventor estaria extrapolando os limites de sua autoridade ao tomar decisões isoladas sem consultar ou informar aos acionistas.
Salário de R$ 41 mil
Um dos pontos que chamou a atenção do governo do Estado, que detém 49% das ações da Celtins é o alto custo dos salários pagos à direção da companhia, às expensas dos recursos arrecadados pela concessionária de energia elétrica.
“Um dos absurdos foi a fixação do salário do interventor em R$ 41 mil”, relatou um dos interlocutores que preferiu não se identificar. O valor é superior ao salário de um ministro do STF, ou da presidente da República. Outros executivos da Celtins estariam recebendo salários na faixa de R$ 20 mil reais, o que estaria onerando os custos administrativos da companhia, sem que os acionistas discutissem ou aprovassem essas medidas.
Os membros da diretoria e membros do Conselho de Administração da Celtins estão com os bens bloqueados enquanto dura a intervenção. O período de permanência do interventor, que vence no próximo dia 31, poderá ser renovado a critério da Aneel. Mas se depender do acionista que detêm 49% das ações, mudanças deverão ocorrer nos próximos dias.
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