Vistoria na Casa do Estudante de Palmas aponta condições precárias de habitação

Desperdício de água, vazamento de esgoto, forro quebrado, rampa de acesso aos andares do prédio com buracos e risco de desabamento, infiltração e rachaduras nas paredes são alguns dos problemas

Vistoria na Casa do Estudante de Palmas constatou abandono
Descrição: Vistoria na Casa do Estudante de Palmas constatou abandono Crédito: Loise Maria/DPE

Em vistoria na última sexta-feira, 17, a Defensoria Pública do Tocantins constatou que os antigos problemas na estrutura e manutenção da Casa do Estudante em Palmas, onde vivem 80 alunos da Universidade Federal do Tocantins e da Universidade Estadual do Tocantins, permanecem mesmo após decisão da Justiça para obrigar que o Estado reforme e mantenha as Casas do Estudante de Palmas, de Araguaína, Porto Nacional e Gurupi.

 

A decisão judicial, de maio de 2017, determina que o Estado realize obras e serviços de manutenção elétrica e hidráulica, conforme relatório e parecer do Corpo de Bombeiros Militar, da Secretaria da Educação do Estado do Tocantins e da Defesa Civil do Município de Palmas, bem como a limpeza do local e, ainda, efetuar o pagamento de faturas de água e energia, eventualmente atrasadas, para evitar a suspensão do fornecimento.

 

De acordo com o defensor público Marlon Costa Luz Amorim, a Casa do Estudante conta com muitas deficiências estruturais, que prejudicam a estadia dos universitários e também incidem em graves riscos. “O prédio é inabitável. A estrutura é precária e o ambiente totalmente insalubre. É lamentável ver acadêmicos tratados com tamanha desumanidade”, pontuou.

 

Desperdício de água, vazamento de esgoto, forro quebrado nos banheiros, rampa de acesso aos andares do prédio com buracos e risco de desabamento, infiltração e rachaduras nas paredes, beliches quebrados, banheiros interditados, fiação exposta, extintores antigos e falta de segurança foram observados pela equipe que fez a vistoria no local, além da falta de segurança, incidindo em casos de furtos e até tentativa de estupro no local, segundo relatos dos moradores.

 

“Este local já foi abandonado pelo Estado há muito tempo. A única coisa que fazem é pagar a conta de energia e de água, isso depois de deixarem acumular várias contas e cortar por falta de pagamento”, declarou um dos estudantes. Segundo ele, a manutenção do local é feita pelos próprios estudantes. “Se a gente mora aqui é porque somos de baixa renda, mas temos que tirar das nossas despesas diárias para arcar vaquinhas para arrumar as coisas mais urgentes”.

 

O T1 solicitou um posicionamento do governo do Estado sobre o caso e a Seduc se manifestou no início da tarde desta terça-feira, 21.

 

Confira abaixo imagens do local:

 

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