Dorinha proporá grupo de deputados para avaliar ação da PM contra professores

Após ação de Políciais Militares contra professores durante manifestação, deputada Dorinha proporá criação de grupo de parlamentares para ir ao Paraná, avaliar a situação in loco.

Dorinha repudiou atitude dos Policiais
Descrição: Dorinha repudiou atitude dos Policiais Crédito: Ascom

Após as ações da Polícia Militar, no último dia 29, contra os manifestantes servidores estaduais, em sua maioria professores, a deputada Professora Dorinha (Democratas/TO) irá propor à Comissão de Educação a formação de um grupo de parlamentares para ir até o Paraná avaliar a situação in loco. A intenção é aprofundar no conhecimento do caso e auxiliar na interlocução entre professores e governo.

 

Dorinha repudiou veementemente a ação da PM, com o aval do governo, contra a categoria e classificou como revoltante. Durante a manifestação, policiais utilizaram bombas de gás lacrimogêneo – que inclusive foram jogadas de helicópteros - sprays de pimenta, balas de borracha, jatos de água, cães e cassetetes com um saldo de 213 feridos.

 

Os protestos naquele Estado foram motivados pelo projeto do governo estadual de mudar a forma de custear a ParanaPrevidência, o regime próprio da Previdência Social dos servidores paranaenses. Segundo informações, essas alterações, que foram aprovadas pela Assembleia Legislativa, afetarão os servidores estaduais aposentados e pensionistas com mais de 73 anos de idade. Cálculos indicam que as mudanças reduzirão praticamente pela metade - de 57 para 29 anos - o tempo de solvência dos fundos de previdência do funcionalismo público.

 

Professora Dorinha criticou a falta de diálogo por parte do Executivo Estadual e o desrespeito para com a categoria dos professores, que deflagrou a segunda greve em menos de dois meses. “Aquilo foi uma praça de guerra. Ver todos aqueles professores lutando pelos seus direitos e saindo daquela manifestação sangrando foi simplesmente revoltante. Fere a dignidade humana”, disse.

 

A democrata, que defende a bandeira da educação no Congresso Nacional, lamentou que, a cada dia, o professor seja tratado com tamanha falta de consideração. “Temos trabalhado em prol da valorização docente, do cumprimento da lei do piso, de uma carreira atrativa. Queremos que a educação tenha prioridade nacional e ver a forma que a categoria está sendo tratada deve ser repudiada e providências devem ser tomadas”, afirmou.

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