Após a Audiência Pública, ocorrida nesta terça, 7, onde os posseiros da Vila Agrotins, lotaram a Câmara Municipal de Palmas, vereadores entraram na luta pela defesa de seus direitos. De posse da terra por mais de dois anos, 180 famílias estão prestes a serem despejadas por uma ordem judicial dada em favor de um grande empresário da capital que se diz dono das terras. O empresário comprou as terras do Governo, em 2010, por R$ 15 mil, no momento a sua avaliação é de R$ 15 milhões.
“Não estamos discutindo a legalidade de quem é a terra, principalmente por entendermos que a mesma é do Governo. Este é um fato para ser discutido posteriormente. O que queremos é evitar que 180 famílias sejam despejadas, após lutarem tanto naquela terra, num momento em que o documento de registro apresentado pelo que se diz dono trás muitos vícios, o que pode invalidar o seu domínio. Portanto, o que queremos é mais prazo para que nenhuma injustiça seja cometida contra esses trabalhadores do campo”, argumentou o vereador Joaquim Maia.
Em seguida vereadores e membros da comissão dos posseiros, se reuniram com o presidente do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), onde foram recebidos pelo presidente Júlio Cesar Machado.
Na manhã do dia 8, os vereadores se reuniram com o procurador-geral do Estado, Sérgio do Vale, e reforçaram a solicitação da suspensão do título da área denominada como Assentamento Vila Agrotins até que o processo que analisa a posse da terra seja concluído.
Liminar visando a reintegração de posse, em favor dos empresários que alegam a propriedade da área, estipula um prazo até a próxima quarta-feira, 15, para que as famílias abandonem a Vila Agrotins. Os vereadores entendem que governo precisa intervir no processo, evitando um problema social com o despejo dos produtores rurais.
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