“Esta é a primeira vez que fazemos uma audiência pública que requer a presença do Governo do Estado e o governo não envia nenhum representante. Essa atitude demonstra total falta de respeito à sociedade, às categorias e a esta Casa de Leis”, criticou a deputada Luana Ribeiro (PR) durante audiência pública para discutir a Segurança Pública do Estado. O evento atende a um requerimento da deputada Luana, dentro das atividades da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa e foi realizado nesta terça-feira, 10.
Foram convidados o Comandante-geral da Polícia Militar, Glauber de Oliveira, o secretário de Segurança Pública, o promotor Cesar Simoni, que justificaram a ausência; e o Procurador Geral do Estado, Sérgio do Vale, que confirmou a presença, mas não apareceu. Por outro lado, representantes das policias civil e militar participaram da audiência.
Inábil ao diálogo
Segundo a parlamentar, falta habilidade do governo em negociar com as categorias. “Querem governar na Justiça, com liminar, com ações que podem demorar meses. A população precisa de uma solução urgente, não pode ficar à mercê das circunstâncias ou da criminalidade”, disse Luana.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO), Moisemar Marinho, acredita na negociação. “A polícia civil está aguardando uma proposta concreta para acabar com a greve, mas ainda não fomos chamados para conversar”, afirmou. A Polícia Civil luta por benefícios adquiridos na Lei 2.851/14, que faz o alinhamento das carreiras dos policiais. Mais de 1.700 profissionais da ativa aguardavam o realinhamento há mais de oito anos.
Aumento dos comissionados
Em discurso, Luana Ribeiro chamou a atenção para a quantidade de cargos comissionados, lançados no Diário Oficial do Estado. “Desde o inicio do atual governo até ontem, foram nomeados 1.934 pessoas em cargos em comissão. Será que se diminuírem a quantidade de comissionados não dá para pagar os benefícios aos policiais?”, questionou. A parlamentar disse ainda que é preciso nomear os concursados da Defesa Social e convocar os candidatos aprovados e que estão na reserva.
Polícia Militar
Representantes dos sindicatos e associações da Polícia Militar também compareceram. Eles lutam para manter a promoção aos oficias e praças também garantida por lei. Mais de 2.500 policiais militares foram promovidos e, depois que a lei foi suspensa, rebaixados aos antigos cargos. “Aguardamos um posicionamento do governo e uma solução”, disse o presidente da associação dos militares pensionistas, Raimundo Sulino.
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