O vereador Milton Neris participou durante a semana na Câmara Municipal de Palmas, de momentos de homenagem aos 30 soldados tocantinenses, que participaram da missão de paz no Haiti, em comemoração ao dia do Soldado, da apresentação de sua autoria do projeto de Lei denominando Escola de Tempo Integral do Bertaville de José Rodrigues Lima (Sr. Carmino) e ainda fez críticas a Secretária de Segurança Pública.
Em sessão solene para comemorar o dia do soldado foram representados pelo capitão Gustavo Muniz Caon, e que em fala na tribuna da Casa de leis falou sobre a missão que começou poucos meses após o terremoto que matou mais de 150 mil pessoas no Haiti e alguns fatos marcantes como a realização de um parto no centro de Porto Príncipe e o enfrentamento do furacão Thomaz.
Na oportunidade, o vereador disse respeitar ainda mais o Exército Brasileiro e disse que assim como o País, o Tocantins precisa de paz, o cidadão tocantinense precisa de ter a segurança de sair de sua casa, o que não tem ocorrido nos últimos tempos. Segundo ele, a união das três forças policiais pode propiciar isto. Ele aproveitou ainda para parabenizar a missão que levou paz a um país tão sofrido e que naquele momento tanto precisava, e levando esperanças ele trouxeram experiências para contribuir com o crescimento de nosso pais.
Projeto de Lei
O verador Milton Neris apresentou em sessão ordinária da terça-feira, 24, projeto de Lei denominando Escola de Tempo Integral do Bertaville de José Rodrigues Lima (Sr. Carmino). Segundo o vereador, quando Palmas é dos pioneiros na região de Palmas, uma vez que quando era só o cerrado bruto, fazendas, trabalhando lutando pelo seu povo. “E em 2006 ele nos deixou, mas deixou seu legado e gostaria de pedira aos nobre pares para que o homenageassem para que colocasse naquela escola, próxima a sua fazenda, a Escola Tempo Integral, ao lado do Irmã Dulce, que é próximo a fazenda dele”.
Homenageado
José Rodrigue de Lima ou seu Carmino como era conhecido, filho de Januário Rodrigues Lima e Filomena Torres Lima, nascido em 16 de Julho de 1908 no distrito de Porteiras, município de Porto Nacional antigo norte goiano, foi criado na lida com o gado ao lado do seu pai, como vaqueiro no Tatá, fazenda da família Pereira de Porto Nacional, às margens direita do Rio Tocantins, via Porto Distrito do Canela. Apelidado de Carmino por ter nascido dia de Nossa Senhora do Carmo, tinha duas irmãs, porém, só ele era alfabetizado e dizia com muito orgulho que teve apenas seis meses de aula e saiu sabendo ler uma carta, escrever outra e dominando as quatro operações de matemática.
Quando jovem, por ser muito disposto, era requisitado como barqueiro para a longa jornada Porto Nacional - Belém do Pará onde os comerciantes de Porto Nacional compravam seus suprimentos não produzidos na região, tais como café, açúcar, calçados, ferramentas e medicamentos.
Outras jornadas também foram enfrentadas pelo jovem Carmino - várias vezes para Corumbá de Goiás e outras tantas para Barreiras – BA em busca de café, açúcar e sal. Todas elas no lombo de burros e mulas.
Na confluência do Rio Mangues com o Rio Tocantins ele conheceu Clementina e desse matrimônio nasceram quatro filhos, três homens e uma mulher. Pouco tempo depois ficou viúvo e constituiu outro casamento, gerando também quatro filhos, dois homens e duas mulheres. Como já eram oito crianças e todas na idade escolar, resolveu contratar professor particular para alfabetizar aquelas crianças e assim o fez.
Ficou viúvo mais uma vez e também constituiu outro casamento gerando mais dez filhos. Agora com dezoito filhos e percebendo o crescimento dos meninos e a necessidade de escola melhor, resolveu construir uma casa no Distrito do Canela. Contratou sua primeira sogra, que já era viúva na época, para tomar conta das crianças e assim poder frequentar uma boa escola, com bons professores, se preparando melhor para o futuro. Não satisfeito, resolveu mudar-se para o Canela e mais de perto acompanhar os filhos mais novos na escola e nos trabalhos do dia a dia.
Com filhos criados, continuava sonhando com dias melhores, em especial com a criação do Estado do Tocantins. Após a consumação desse fato, através da Constituição de 1988, faltava escolher o local da Capital e seu Carmino teve a honra de receber, em sua residência, no Canela, o Governador do Estado e sua comitiva para juntos acertarem onde seria a Capital. Naquele momento nasceu Palmas, tendo como uma das testemunhas José Rodrigues Lima, ou seu Carmino. Falecido em 10 de Julho de 2006, deixou na história do Tocantins sua marca simples, porém de significado grandioso para um pioneiro.
Segurança Pública
Outro ponto levantado pelo parlamentar foi a segurança do Estado, que segundo ele, faz vôos de helicóptero de graça e para que isto ocorra é porque está sobrando dinheiro. “O que está faltando é ação e eu acreditei que este governo seria implacável com o criminoso. E o que vejo é o contrário”, disse, ele ao cobrar as promessas de campanha do governador Siqueira Campos (PSDB) de combater esse crime e de criar centros de reabilitação. “Até agora nada foi feito.”
De acordo com o parlamentar, tem gente morrendo todo dia em Palmas e ninguém sabe realmente apontar os motivos. “Todo dia um é caso novo e nem podemos nos armar. Meu filho sai e não sei se ele volta”, disse preocupado, destacando que o governo está brincando de fazer segurança.
Para Milton é mais fácil abrir um ponto de droga em Palmas, do que um comércio, mas que o difícil é localizar um traficante. “Parece que há interesses escusos, que movimentam milhões e milhões e acaba com a vida de nossas famílias e crianças”.
De acordo com ele, o governo do Estado, assim como o município precisa agir. “O cara que já tá viciado precisado ser internado”, afirmou, complementando que “se não tivermos uma política que combata diuturnamente as drogas, vamos perder esta guerra”. Milton ressaltou que enquanto muitos estão brincando e gastando com o dinheiro público, crimes hediondos são cometidos na cidade, fazendo com que famílias chorem caladas e que isto precisa mudar.
Ele criticou, ainda, o fato da própria mídia e até mesmo o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso defendendo a liberação da maconha e para o vereador a Segurança Pública deveria fechar pontos de venda de drogas todos os dias para dar prejuízo aos traficantes.
(Da Assessoria de Comunicação)
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