Com palestras, worshops, oficinas, leilões, stands de negócios e diversos outros espaços e atividades, os pecuaristas têm a oportunidade de conhecer novas tecnologias e fechar negócios que contribuem para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva da pecuária.
A pecuária é a segunda maior fonte de receitas do Estado e conta, atualmente, com 8,1 milhões de cabeças de bovídeos (bovinos e bubalinos). Ocupa, assim, o décimo lugar no ranking nacional. Além disso, a produção de carne tocantinense é exportada para 130 países.
Segundo Cláudio Sayão, assessor executivo de Desenvolvimento Animal da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagro), o aumento da produção tanto para gado de corte quanto leiteiro depende de fatores como melhoramento genético, uso de tecnologias e adoção de boas práticas sustentáveis. “A feira vem trazer um pouco de cada um desses trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado. Mas também a parte da iniciativa privada, que está oferecendo serviços, insumos e capacitação para melhoramento de pastagens e genético dos rebanhos” explicou.
Além do crescimento das exportações da pecuária de corte, a produção de laticínios tem aumentado, exportando para Estados do Norte, Nordeste e Centro- Oeste. Para o assessor da Seagro, a sanidade animal é outro fator que tem contribuído com esse crescimento. “O Tocantins está há 16 anos sem registro da febre aftosa. Isso é um grande marketing que favorece a exportação para mercados mais criteriosos” ressalta.
Corte
A pecuária de corte é responsável pelo maior número de produtos industrializados exportados no Estado. São seis frigoríficos com serviço de inspeção estadual e sete com serviço de inspeção federal. Desses, quatro são habilitados para exportar. “É um mercado de expansão contínua que gera 15 mil empregos diretos e aproximadamente 60 mil indiretos. Fazemos o abate de 1,2 milhão de cabeças por ano, movimentando mais de U$ 130 milhões”, destaca o assessor jurídico do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Tocantins (Sindicarne), Antônio Clériston.
Como forma de fortalecer a produção de ovinos e caprinos, o governo do Estado anunciou, durante a Agrotins, a construção de um frigorífico para o abate dessa qualidade de gado na região central do Estado.
Leite
Através do projeto MGR - Melhoramento Genético do Rebanho, a Seagro já inseminou 17 mil vacas artificialmente com o objetivo de atender os produtores de leite. Segundo Sayão, o melhoramento genético é mais uma ferramenta que se utiliza para aumentar a produção de leite. “Muitos produtores são assistidos por técnicos e já fazem um bom trabalho de alimentação e sanidade, mas não tem condições de fazer o melhoramento genético. Por isso, essa ação que a Seagro está desenvolvendo junto aos produtores, sem nenhum custo para eles”, comenta.
Para o produtor de laticínios, Marco Pitondo, o setor leiteiro tem maiores chances de crescimento, pois está tendo maior atenção do Estado que busca recursos e oferece capacitação. “Aqui na Agrotins, os produtores estão recebendo atendimento para assistência técnica tanto por parte do Estado como Sebrae. Com a mudança de visão do puro extrativismo para a produção é possível conseguir melhor retorno financeiro, mostrando que o leite é mais viável quando se produz adequadamente”.
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