A inscrição de chapas para disputar a sucessão da senadora Kátia Abreu(PMDB) na Faet em outubro próximo, tem prazo para encerrar-se nesta segunda-feira, 31, e ao que tudo indica terá o registro de duas candidaturas. O grupo da senadora poderá ter na presidência a própria Kátia Abreu, ou o vice-presidente, Paulo Carneiro, que vinha presidindo a entidade no período que a senadora ocupou o Ministério da Agricultura. Contra o grupo de Kátia Abreu disputará Nasser Iunes, que visitou o governador Marcelo Miranda(PMDB) nos últimos dias e estaria contando com o apoio do secretário de Governo, João Emídio.
Segundo um produtor relatou ao T1 Notícias, Emídio estaria prometendo a liberação de emendas não pagas a presidentes de sindicatos rurais em troca de apoio a Iunes. Os serviços referentes às emendas destinadas pelos deputados teriam sido executados, porém o pagamento das emendas estariam pendentes, alguns desde 2015.
Questionado, o governo negou através de nota encaminhada à redação na última sexta-feira, 28, qualquer ingerência no processo.
Nota
Não procede a informação de possível ingerência de agente público estadual nas eleições de Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (Faet). A elaboração das emendas, bem como os objetos financiados por essa modalidade de investimentos, são feitas por cada um dos 24 parlamentares. O Governo respeita as instituições representativas e mantém sua convicção e que o eleito atuará pelo desenvolvimento da classe que representa, e, consequentemente do Estado do Tocantins.
Secretaria de Comunicação
Iunes diz que não dispensará nenhum apoio
Perguntado sobre a liberação das emendas e o apoio do governo Miranda, Iunes disse pregar a interlocução política e não o aparelhamento da federação. “Estou atuando em favor dos nossos presidentes e quero demonstrar desde agora”, disse ele sobre a busca pelo pagamento de emendas.
Já sobre apoio do governo ou não e a oposição à senadora transformarem a eleição da Faet numa prévia de 2018, o candidato afirmou: “ (estou) Muito tranquilo e não quero ataques e não vou fazer ataques pessoais, afinal temos histórias boas juntos, todos nós, mas omissão nunca foi bom pra ninguém. Nunca foi minha intenção o apoio de a ou b, mas quem está colhendo nesta área é seu comportamento e a confusa situação junto a classe/política (…) Pra mim, que não vou dispensar apoio, é uma consequência natural de trajetória e postura. De todos”.
Com plataforma publicada no facebook, ontem, 28, e distribuída aos amigos via WhatsApp, o candidato de oposição a senadora disse estar com a chapa pronta para registrar na segunda-feira. Ex-aliado de Kátia Abreu, Iunes chegou a ser cotado no grupo dela como um possível nome para ocupar sua primeira suplência em 2014, antes do acordo que juntou o PT na chapa, facultando a vaga ao ex-presidente da legenda no Estado, Donizeti Nogueira.
Ao T1 Notícias, Iunes negou que seu distanciamento da Senadora tenha se dado por este motivo. “Na época entendi que ela foi presa na armadilha política”, disse ele quando questionado sobre o assunto. Afirmando que os dois não tem muito a dizer um sobre o outro, Iunes garante que não está na disputa para fazer oposição. “Não sou político partidário e acho que todos os poderes constituídos devem ser representados. Se ela for candidata não farei oposição a ela. Pois tenho consciência, caso eleito, que estarei representando os interesses e demandas dos produtores e não os interesses politico-partidários dos produtores”, justificou.
Segundo Iunes seu desejo de ocupar o comando da Faet vem da vontade de contribuir com o processo de fortalecimento da entidade. “Acho que sintetizamos numa plataforma construída com muito diálogo e paciência. Estou com 58 anos, seis netos e chega o momento de dar a nossa contribuição”, finalizou.
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