Com o início do período de chuva, criadores de gado de leite começam a se preparar para aumento certo na sua produção.
A expectativa, segundo técnicos da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), com a chegada das águas, é que a produção leiteira aumente em cerca de 70%, em comparação com o período de estiagem.
Tomando como base o período e maior a setembro de e 2011, o Tocantins produziu 61 milhões e 644 mil litros de leite. O Estado fechou 2011 com uma produção de 269 milhões de litros.
Isto porque no período chuvoso há uma natural recuperação de pastagens, aumentando a oferta de alimento para o rebanho.
De acordo com a médica veterinária da Seagro, Arlete Mascarenhas, as chuvas fortalecem as pastagens, aumentando o volume de nutrientes e fortalecendo o rebanho. No entanto, mesmo com a chegada de um período farto para o gado, é preciso que produtores se planejem, visando à baixa-temporada do próximo ano.
Segundo Arlete, medidas simples como o cultivo de cana, microssilagem ou outras espécies de capim que possam ser usados como forragem de corte, auxiliam produtores a manter seus rebanhos sadios mesmo nos dias mais secos. “É preciso manter um planejamento. Agora é o momento de fazer a manutenção das pastagens visando o período de seca”, completou.
Medidas preventivas
Para a veterinária, para uma otimização na produção de leite, criadores de gado podem tomar algumas precauções com relação à saúde de seu rebanho. De acordo com Arlete, os principais cuidados devem ser no sentido de manter em dia o calendário profilático do gado (vacinas) e a constante higienização das instalações, como salas de ordenha e bezerreiros.
Além disso, mesmo sendo complicado, a especialista destacou a necessidade de se evitar a constante exposição de bezerros leiteiros à forte umidade bastante característica deste período.
Problemas
Dentre os principais problemas que podem afetar o gado neste período, estão doenças como a pneumonia e a gastroenterite verminótica – que é desenvolvida a partir da ingestão de larvas depositadas entre as folhas nos pastos.
Para a veterinária, é preciso que o produtor fique atento à saúde de seu rebanho, assim como da pastagem em sua propriedade. “Se não houver um cuidado para manter o rebanho sadio, não existe fartura no pasto que garanta aumento na produção”, alertou.
Philipe Bastos / Ascom Seagro
Comentários (0)