Gargalos da piscicultura são debatidos por Mapa, frigoríficos e instituições

A clandestinidade é um grande problema hoje no estado, pois o pequeno produtor comercializa seu produto sem os devidos cuidados sanitários e ambientais, e isso acontece por falta de fiscalização

Reunião sedia debate sobre piscicultura do Estado
Descrição: Reunião sedia debate sobre piscicultura do Estado Crédito: Ascom

Nesta quarta-feira, 7, a Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura no Tocantins, que agora pertence ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), promoveu uma reunião entre várias instituições para tratar dos principais gargalos da piscicultura no estado, e elaborarem juntos um documento para os órgãos Federais, Estaduais e Municipais. Entre os problemas destacados estão: a clandestinidade (que é a venda do pescado sem a devida fiscalização e autorização), o licenciamento ambiental (excesso de burocracia para conseguir o documento) e a contaminação por salmonela (bactéria presente em carnes). 

 

A clandestinidade é um grande problema hoje no estado, pois o pequeno produtor comercializa seu produto sem os devidos cuidados sanitários e ambientais, e isso acontece principalmente por falta de fiscalização.

 

Outro gargalo é a burocracia enfrentada pelos industriais na hora de requerer o licenciamento ambiental, os empresários reclamam da demora no processo, dos valores abusivos das taxas e ainda do excesso de documentos exigidos.

 

Por fim, o Tocantins enfrenta o problema da salmonela, uma bactéria que pode ser contraída não só por peixes, mas também por aves, suínos e bovinos. Os donos de frigoríficos reivindicam que haja uma mudança na legislação, pois assim como a carne bovina o pescado depois de aquecido elimina a bactéria.

 

Essa reunião faz parte da programação da XII Semana Nacional do Peixe que tem como objetivo incentivar o consumo de pescado em todo o Brasil, por isso a preocupação do Superintendente Federal de Pesca e Aquicultura no Tocantins, Amilton Rodrigues de Araújo, em organizar toda a cadeia produtiva: “É necessário que todos estejam empenhados, desde produtores, técnicos, indústria e comercio, até chegar à mesa do consumidor. Todos devem estar focados em organizar essa cadeia, pois só assim conseguiremos destaque no cenário nacional e mundial”, afirma o superintendente.

 

Semana do Peixe

A XII Semana Nacional do Peixe segue até o próximo dia 16 com programação em Palmas e cidades do interior. Como em todos os anos, a Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura no Tocantins tem o objetivo de estimular o consumo e a produção do pescado. Para isso, a campanha conta com o apoio de redes de supermercados, feiras livres, mercados, bares e restaurantes, escolas, colônias de pescadores, centros de nutrição e, principalmente, dos consumidores.

 

Potencial do estado

O Tocantins é referência na produção de peixes, produziu 15 mil toneladas em 2014 e até o final deste ano pretende alcançar 25 mil toneladas, superando os anos anteriores. O Estado tem registradas, atualmente, 37 colônias e cerca de sete mil pescadores, além de quatro frigoríficos para abate de peixes sendo que, dois deles estão em Almas, um em Porto Nacional e outro em Aliança do Tocantins. ​Todos com autorização do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que permite comercializar a produção. A comercialização de pescado é tanto de peixe abatido, quanto de alevinos.

 

Presentes na reunião

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Superintendência Federal de Pesca e Aqüicultura (SFPA/TO), proprietários dos frigoríficos Tamborá e Piracema, Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sindicato das Indústrias Frigoríficas Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados (Sindicarnes-TO),Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder); Grupo Economia Solidária e Instituto Natureza do Tocantins (Naturais).

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