O acordo sobre clima firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente norte-americano Barack Obama, nesta terça-feira (30), em Washington, deverá beneficiar a agropecuária brasileira. A avaliação é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, para quem a inclusão do etanol e da bioenergia nas discussões representam “um forte sinalizador para o setor de que o fomento ao comércio internacional de biocombustíveis será fortalecido".
“Reconhecendo a necessidade de acelerar o emprego de energia renovável para ajudar a mover nossas economias, Brasil e Estados Unidos pretendem atingir, individualmente, 20% de participação de fontes renováveis – além da geração hidráulica – em suas respectivas matrizes elétricas até 2030″, declarou Dilma Rousseff, no encontro com Obama.
A ministra da Agricultura, Katia Abreu, que participou dos atos com os presidentes de Brasil e Estados Unidos, destacou a meta definida na declaração conjunta de dobrar o uso de biocombustíveis e energia renovável e o comércio com os EUA em dez anos, além da adoção de medidas ambiciosas de reduções de gases de efeito estufa no período 2020/2030, no âmbito da agenda da COP 21.
"Vejo a inclusão do etanol e da bioeletricidade nas discussões como uma política clara do governo brasileiro de fortalecimento do setor e do fomento de comércio internacional de biocombustíveis."
A presidenta Dilma disse ainda que o Brasil busca atingir uma participação de 28% a 33% de fontes renováveis na matriz energética, sem contar a geração hidráulica, até 2030. Além disso, o Brasil pretende eliminar o desmatamento ilegal no território nacional nos próximos 15 anos e, em igual período, reflorestar 12 milhões de hectares.
Do lado brasileiro foi anunciado o compromisso de aprimorar práticas de baixo carbono em terras agrícolas e pastagens por meio da promoção da agricultura sustentável e do aumento da produtividade e de novos padrões de tecnologia limpa para a indústria; do fomento a medidas adicionais de eficiência energética e aumento da utilização doméstica de fontes de energia não-fósseis em sua matriz energética.
O compromisso bilateral ainda inclui o estabelecimento de novos padrões de tecnologia limpa para a indústria; o fomento a medidas adicionais de eficiência energética; e o aumento da utilização doméstica de fontes de energia não-fósseis.
Dilma e Obama também afirmaram que se comprometem a trabalhar entre si e com outros parceiros para um acordo ambicioso e equilibrado na Conferência Mundial da ONU sobre o Clima (COP21), que será realizada em Paris em dezembro. Os dois países pretendem estabelecer uma sinalização firme à comunidade internacional que governos, empresas e sociedade civil estão decididos a enfrentar o desafio climático.
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