Atualmente, as propriedades rurais consideradas foco de brucelose e tuberculose estão impedidas de exportar produtos de origem animal para a União Aduaneira, compostas pelos países Cazaquistão, Rússia e Bielorrússia. As propriedades que pretendem retornar a exportar àquele mercado, deverão obrigatoriamente realizar o saneamento em sua propriedade, para serem consideradas área livre para duas doenças. Foi o que fez a propriedade rural localizada em Itapiratins, região Nordeste do Estado, a 280 quilômetros de Palmas, após ter diagnóstico positivo para tuberculose no seu rebanho.
A Adapec – Agência de Defesa Agropecuária pretende incentivar mais produtores do Estado a fazerem o mesmo. “Por enquanto só esta propriedade concluiu o saneamento. Este processo é extremamente necessário para impedir a disseminação das enfermidades, que causa prejuízos à economia do Estado e à saúde pública”, disse o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Animal da Adapec, João Eduardo Pinto Pires, que pede a conscientização dos produtores rurais de outras propriedades infectadas para aderirem ao saneamento.
A gerente da Unidade Local de Execução da Adapec de Itacajá, Péthia Gomes do Prado, que acompanhou todo o processo da propriedade rural de Itapiratins, afirma que os produtores têm muita resistência a realização do saneamento, apontando os custos econômicos com a realização de exames diagnósticos do rebanho e a eliminação dos animais positivos, como principal fator. “Algumas propriedades estão em processo de saneamento, mas continuamos fazendo um trabalho de conscientização para conseguirmos mais adeptos”, disse.
A União Aduaneira, desde 2009, tem feito restrição à importação de carne bovina de propriedades foco de brucelose e tuberculose. Desde julho deste ano, o controle sanitário ficou ainda mais rígido, pois as propriedades rurais que recebem bovinos de outras propriedades focos de Brucelose e Tuberculose também são consideradas foco das doenças. Portanto, ficam impedidas de comercializar carnes, produtos e subprodutos de origem animal àqueles países, até que concluam os procedimentos sanitários.
NoTocantins, dois frigoríficos estão habilitados à exportação a União Aduaneira, o frigorífico Minerva, em Araguaína e o Cooperfrigu, em Gurupi.
Saneamento
O médico veterinário habilitado é obrigado a informar a Adapec os exames positivos e negativos realizados para brucelose e tuberculose. A partir destas informações, em casos positivos, a Agência notifica o produtor sobre as normas para realizar o saneamento com vistas à exportação.
O saneamento para brucelose procede da seguinte maneira: deverá ser feito exames de todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade superior a 24 meses, vacinadas entre 3 e 8 meses, fêmeas acima de 8 meses não vacinadas e machos acima de 8 meses, com eliminação dos animais diagnosticados positivos.
No saneamento para tuberculose deve ser feito exames de todos os animais do rebanho acima de seis semanas e eliminação dos animais com resultados positivos. “Após decorrer seis meses da eliminação do último reagente positivo é que a propriedade será liberada à exportação”, disse a responsável pelo PECEBT - Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal, Regina G. Barbosa.
Prevenção
A forma mais eficaz de controle da Brucelose é a vacinação, obrigatória em todas as fêmeas bovinas e bubalinas de três a oito meses de idade, com a vacina B19. O trânsito interestadual com a finalidade de reprodução, participação em leilões e leilões especiais está condicionado à apresentação do atestado de vacinação e exame negativo da brucelose e tuberculose. Outra medida de controle para estas enfermidades é a eliminação dos animais positivos. Estes exames deverão ser realizados por médicos veterinários habilitados.(Da assessoria).
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