Sandoval conclama pecuaristas a barrar entrada de gado do Rio Grande do Norte

Uma liminar obtida na justiça federal do Rio Grande do Norte permitiu a entrada de 800 cabeças de gado para Piraquê, sem o cumprimento das normativas que garantem ao TO o selo de livre da Aftosa

Sandoval quer impedir entrada do gado do RN
Descrição: Sandoval quer impedir entrada do gado do RN Crédito: Lourenço Bonifácio

 

O deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Sandoval Cardoso(PSD), disse ao Portal T1 Notícias na tarde desta sexta-feira, 19, que está movimentando todos os contatos que tem na região Norte do Estado para impedir que 800 cabeças de gado oriundas do Rio Grande do Norte sejam descarregadas numa fazenda em Piraquê.

 

A reação vem depois que o juiz federal Ivan Lira, do RN atendeu pedido de liminar de um agropecuarista daquele estado, permitindo o transporte do gado de sua fazenda, a Padre João Maria, para a fazenda Santa Maria em Piraquê, alegando que o gado está morrendo de sede.

 

A entrada do gado havia sido negada pela Adapec, que provocou a Procuradoria Geral do Estado a entrar com pedido de suspensão da liminar, uma vez que o Tocantins tem a classificação do Ministério da Agricultura de zona livre de Aftosa, e o Rio Grande do Norte não.

 

“Este juiz foi tão inconsequente, que deu a liminar frisando que o transporte deve ocorrer independente do cumprimento das normativas que regem o setor, que são, entre outras coisas, um período de quarentena e teste de sorologia”, explica o deputado que está indignado.

 

Risco para mais de 8 milhões de cabeças

 

Sandoval Cardoso destacou que o prejuízo para o Estado é enorme. “São 20 anos de trabalho de controle, o que permite que hoje nossa pecuária seja competitiva. Ele autoriza a entrada de 800 cabeças sem o devido cuidado sanitário e coloca em risco um rebanho de 8 milhões e 200 mil cabeças. Não aceito. E se for preciso vou para a frente da barreira que estou conclamando os companheiros dos sindicatos a organizarem”, sustentou.

 

Cardoso está mobilizando os sindicatos de Araguaína, Colinas e da região Norte para formarem uma barreira na divisa do Estado e impedir a entrada. “As medidas judiciais, eu já falei com o Dr. André Mattos e sei que estão sendo tomadas, mas não vamos deixar entrar. E se entrar vamos pedir a aplicação do rifle sanitário, que é o abate destes animais”, informou.

 

O Portal T1 Notícias pediu à PGE informações sobre o pedido de suspensão da liminar federal e aguarda o retorno.

Comentários (0)