Segundo dia de feira movimenta debates sobre plantas daninhas e fertirrigação

Cadeia Produtiva de Grãos, plantas daninhas em sistema de cultivo familiar e fertirrigação e aumento da produtividade foram temas de algumas atividades de quarta-feira, 6, da Agrotins.

Milho na Agrotins
Descrição: Milho na Agrotins Crédito: Luciano Ribeiro

A programação da Agrotins 2015, que acontece entre os dias 5 e 9 deste mês, está bastante variada e conta com palestras, cursos, reuniões, treinamentos e outras atividades voltadas para a vida no campo. A feira acontece no Centro Agrotecnológico de Palmas.

 

A Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) promove atividades direcionadas ao fomento da Cadeia Produtiva de Grãos, tendo em vista que a produção de grãos no Estado teve, na última década, um crescimento superior a 180% na área plantada e 240% na produção, o que evidencia o avanço tecnológico nas propriedades tocantinenses.

 

“A Agrotins sempre foi um evento para se levar as políticas e inovações tecnológicas aos agricultores familiares e essa é a hora de fomentar a produção de grãos no Tocantins”, argumentou o gerente de políticas para a Agricultura da Seagro, José Américo.

 

Nesta quinta-feira, 7, a Seagro realiza cursos sobre: Produção integrada de abacaxi e banana; Produção integrada agropecuária: diretrizes e fundamentos; Boas práticas agrícolas na produção integrada de banana; Manejo da irrigação nas culturas de abacaxi e da banana, além de reuniões técnicas para explicar sobre o Projeto Reniva Tocantins e para fomentar a Cadeia Produtiva do Arroz no Estado do Tocantins.

 

Palestra sobre plantas daninhas 

A pesquisadora da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), professora Eliane Archangelo, realizou uma palestra com o tema “Manejos de Plantas Daninhas em Sistemas de Cultivo Familiar e de Baixo Investimento”, na manhã de quarta-feira, 6. Estudantes e produtores prestigiaram a palestra.

 

A pesquisadora explicou que o controle químico é muito utilizado, e que é preciso que seja bem estudado. “A pessoa que for trabalhar com esse controle precisa ser capacitada, para que possa recomendar a dose certa, o herbicida apropriado para o tipo da cultura. Dependendo da recomendação, se for elevada, por exemplo, têm-se perdas no solo, contaminando o ambiente, ou perde-se a própria lavoura, pois a cultura pode se tornar tóxica”.

 

Sobre o manejo cultural, a pesquisadora esclareceu que é necessário dar condições para que a cultura desenvolva rapidamente e que fique mais sadia. Destacando, também, que o produtor precisa observar o período crítico de competição das plantas daninhas, pois é um período em que estas devem ser removidas. Se a cultura desenvolver bem antes das daninhas, a própria sombra da planta pode sufocar a planta indesejada.

 

Para Isabel Lima Macedo, estudante do curso Técnico em Agropecuária, pelo Instituto Federal do Tocantins (IFTO/Dianópolis), a palestra e o contato com pesquisadores e acadêmicos tem sido de grande valia. “Eu gostei muito da palestra. Eu estudo Agropecuária e pretendo me formar em Agronomia. Aprendi coisas novas sobre culturas em consórcio. E isso é mesmo muito importante pra mim”.

 

Fertirrigação e aumento da produtividade

 “Que tal economizar com a mão de obra e, principalmente, na quantidade de fertilizantes, além de aumentar a produtividade em mais de 25%?”. Foi com esse argumento bastante atrativo que o pesquisador da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), professor Leonardo Lopes, iniciou sua palestra “Fertirrigação para Aumento da Produtividade no Cultivo de Hortaliças”, na tarde dessa quarta-feira, 6, na Clínica Sebrae, dentro da programação da Agrotins 2015.

 

Com o uso da fertirrigação o adubo é aplicado juntamente com a água destinada à irrigação. Ao invés do produtor fazer uma aplicação de adubo granulado no pé da planta e perder parte disso por meio da lixiviação e volatilização, com a fertirrigação um processo em que o aproveitamento é de 100%.

 

“Outro aspecto importante desse mecanismo é que o produtor pode evitar a compactação do solo. Por exemplo, se o produtor é olericultor, e vai utilizar o modelo tradicional de adubação, ele vai acabar promovendo a compactação do solo, pois terá que pisar muitas vezes em torno das hortaliças. Mas se aplicação for realizada via fertirrigação, não haverá necessidade de ficar pisando e com isso mantém a qualidade do solo”, explicou Lopes.

 

Feira

Com o tema: Cadeia Produtiva de Grãos,  a 15ª Agrotins acontece entre os dias  5 e 9 de maio, no Centro Agrotecnológico de Palmas, TO-050, saída para Porto Nacional e deve atrair mais de 95 mil pessoas.

 

A feira é promovida pelo Governo do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) e vinculadas, Agência da Defesa Agropecuária (Adapec), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Instituto de Terras do Tocantins (Itertins) e apoio de instituições financeiras e entidades de classe ligadas ao setor produtivo.

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