A autorização para elaboração do projeto para construção do frigorífico foi feita pelo governador Siqueira Campos e as primeiras ações já começaram. A Sedecti está responsável pela viabilidade econômica do projeto, já Seagro e Seinfra pela estruturação e a parte técnica do negócio.
O mercado das carnes ovina e caprina está em ascensão no Brasil e é de olho neste setor produtivo que o Tocantins está dando os primeiros passos para a construção do primeiro frigorífico para abate de ovinos e caprinos do Estado e o primeiro da região norte do País. O empreendimento será implantado na região de Barrolândia, há 105 Km de Palmas, importante polo de concentração deste tipo de atividade.
Para o presidente da Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos de Barrolândia, James Lages, a necessidade de criar a associação veio para unir os produtores, ele acredita que a notícia da construção de um frigorífico na região fortalece e incentiva os associados. “O frigorífico trará desenvolvimento e muitos benefícios para todos os produtores, pois seremos pioneiros nesta atividade no Estado o que permitirá abater animais não somente do Tocantins, mas de outros Estados como Pará e Bahia”. Lages planeja comercializar a carne e derivados para estados como São Paulo e outros da região sul do País.
O Tocantins possui um rebanho de cerca de 150 mil cabeças de ovinos e caprinos, segundo dados do IBGE – Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2012. A caprinocultura, por exemplo, possui alta rentabilidade, pois não necessita de muitos investimentos e não requer grandes áreas para desenvolvimento da atividade, além de gerar emprego e renda e fortalecer a agricultura familiar, informa as técnicas responsáveis por projetos da Sedecti – Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cristina Alencar e Márcia Christoni, que realizaram os estudos e pesquisas para a elaboração do projeto de viabilidade econômica para instalação e construção do frigorífico.
Segundo o titular da Sedecti, Paulo Massuia, atualmente cerca de 50% da carne ovina consumida no Nordeste e Centro-Oeste são provenientes do Uruguai, Argentina e Nova Zelândia e foi em cima destes dados e de pesquisas internas, sobre o mercado brasileiro, que a secretaria começou pensar e elaborar este projeto. “A identificação deste promissor mercado mostrou a necessidade de um estudo de viabilidade econômica para instalação do frigorífico no Tocantins, já que não existe nenhum frigorífico no Estado. Em parceria com a Seagro e Seinfra o projeto está saindo do papel e irá beneficiar diretamente agricultores familiares e pequenos produtores tocantinenses”.
A construção do frigorífico ficará a cargo da Seinfra – Secretaria de Infraestrutura, já a parte de técnica estará com a Seagro – Secretaria de Agricultura e caberá a Sedecti o desenvolvimento e a viabilidade econômica do negócio. Técnicos da Sedecti já elaboraram todos os estudos e pesquisas para a implantação do frigorifico.
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