Pelo menos dois deputados estaduais confirmaram ao Blog em conversa telefônica nesta semana que depende do governador em exercício, Wanderlei Barbosa, e de sua escolha partidária nas próximas semanas, o rumo das novas filiações do grupo, preferencialmente em três partidos, de forma a viabilizar a reeleição de um bloco de cerca de 20 deputados estaduais.
Conforme o deputado licenciado Ricardo Ayres, a escolha de Barbosa vai considerar estrutura partidária (recursos que cada um dos possíveis partidos tenha para a eleição) e segurança na disputa. A janela de 30 dias - estabelecida pela reforma eleitoral, lei 13.1654/2015 em conjunto com a Emenda Constitucional 91 de 2016 – prevê que mandatários migrem para novos partidos sem perder o mandato, no final de cada um deles.
As opções de Barbosa começam com o Solidariedade do deputado Vilmar do Detran, passam pelo Progressistas da senadora Katia Abreu, principal aliada do grupo e candidata à reeleição, e seguem por outras legendas de aliados. “Ele poderia inclusive vir para o PV, se quisesse, mas imagino que ele tenha outras opções”, avaliou a deputada Claudia Lelis, que foi anfitriã em sua chácara de um jantar para o governador e base aliada.
A questão primeira a ser decidida, no entanto, segundo Ayres, é “em qual campo democrático o governador vai se posicionar”, se em apoio a Lula, se em apoio a Bolsonaro, ou se em campo neutro.
“Naquela conversa na casa da deputada Claudia, ficou claro que uma das opções é a do PP da senadora Kátia Abreu”, disse ao Blog o deputado Issam Saado.
A senadora abrigou nas hostes do partido o deputado federal Vicente Alves, que se encontrou esta semana com o senador Irajá. Ao que tudo indica, a senadora formará chapa competitiva a Assembleia Legislativa com mandatários, assim como à Câmara dos Deputados. Já Irajá tende a receber os integrantes de pequenos partidos, com expressão para montar uma chapinha, sem mandatários.
Como em política tudo que tem prazo, só se resolve no fim do prazo, a tendência é que estas discussões cresçam na abertura da janela em começo de março e se definam na última semana.
O “fantasma da volta de Carlesse” é o que ainda preocupa muitos dos que querem o cenário bem definido para se posicionar. Advogado e um dos mais próximos de Barbosa atualmente, Ricardo Ayres (que também era um dos mais próximos de Carlesse), afirmou ao Blog que este risco é praticamente nulo. “Temos toda segurança de que Wanderlei vai conseguir concluir o mandato, sem retorno do governador afastado”, finalizou.
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