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A volta por cima dos que foram desacreditados: Tiago e Eduardo, uma lição a ensinar

Ver Tiago Dimas dando a volta por cima, cumprimentado por Eduardo Siqueira Campos (o dono da vitória improvável) é uma verdadeira lição de que na política e em campanha eleitoral, nada é impossível

Eduardo Siqueira e o deputado federal Tiago Dimas durante a posse no TRE
Descrição: Eduardo Siqueira e o deputado federal Tiago Dimas durante a posse no TRE Crédito: Alexandre Hilbert

O ato solene do Tribunal Regional eleitoral em diplomar na última semana o deputado federal Thiago Dimas(Podemos) que assume vaga em Brasília depois de uma longa disputa jurídica para que o STF revisse a aplicação da regra das sobras eleitorais me fez fazer uma viagem pelo tempo para o ato ousado que foi a filiação de Eduardo Siqueira Campos ao Podemos, com o aval da presidenta nacional, a deputada federal Renata Abreu 

 

Era um momento de forte favoritismo do deputado Júnior Geo(PSDB), que havia alcançado o segundo lugar nas eleições anteriores em que disputara a prefeitura de Palmas perdendo para a prefeita Cinthia Ribeiro que fora a reeleição.

 

Havia um senso comum de que Eduardo não se viabilizaria pois não tinha grupo, nem respaldo da classe política.

 

Foi um periclito (palavra difícil para resumir todo um processo de escalada) para que o atual prefeito viabilizasse em primeiro lugar sua candidatura. Uma campanha com pouco dinheiro e muita vontade, que se sagrou vencedora graças à possibilidade de dois turnos.

 

Eduardo enfrentou o prestígio de Geo com o apoio de Cinthia (a prefeita bem avaliada e com altos índices de aprovação) mais o ativo político dos servidores, para quem foi a melhor prefeita da história de Palmas.

 

Enfrentou também a obstinação de Wanderlei Barbosa em embarcar e fazer embarcar todo seu grupo no palanque de Janad Valcari, que tinha de longe os maiores recursos financeiros para enfrentar uma eleição nos moldes perversos de Palmas...

 

Veio o resultado das eleições estaduais, e Tiago Dimas sagrou-se com mais de 40 mil votos, para ser exata, 42.970 votos contra os 13.668 de Lázaro Botelho(PP).

 

A mudança nas regras e a interpretação primeira permitiu que Botelho usufruísse de dois anos de mandato.

 

Ver Tiago Dimas dando a volta por cima, cumprimentado por Eduardo Siqueira Campos (o dono da vitória improvável) é uma verdadeira lição de que na política e em campanha eleitoral, nada é impossível.

 

Menosprezar quem tem história e sabe mexer as peças do jogo é um erro.

 

Eduardo hoje é a referência política do G5, grupo dos cinco prefeitos dos maiores colégios eleitorais do Estado.

 

Tiago é forte candidato à reeleição e colocou-se junto com o pai, Ronaldo Dimas, de volta ao jogo.

 

Como diria meu velho amigo Salomão, direto das hostes celestiais:  é... pois é. É isso aí.

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