Não basta seu Jair, o negacionista da máscara, ter ignorado a oferta de vacinas da Pfizer.
Não basta ter atrasado toda aquisição de vacinas achando que o mercado ia correr atrás do Brasil e não o contrário.
Não bastaram mais de 400 mil mortes e o anúncio de que teremos uma terceira onda.
Precisa passar por Palmas, no dia do aniversário da Capital e promover uma aglomeração desnecessária no Aeroporto Lysias Rodrigues, onde um líder político mais sensato, teria cumprimentado o governador e comitiva, trocado de avião e seguido para o Maranhão.
O Maranhão, governado por um líder da estatura de Flávio Dino, que faz a melhor gestão da pandemia. Que não esperou por insumos nem vacinas do governo federal. Que já vacinou 100% dos seus professores.
Podia aprender um pouco. Se não de gestão, de espírito público. Que é o que falta, entre outras coisas, ao presidente.
O que se viu foi perfil fake convocando bolsonaristas na rede e a mão amiga dos seus líderes e aliados, impulsionando uma recepção... para provar o que?
Bolsonaro venceu as eleições em Palmas. Tem a maioria dos votos da nossa bancada no Congresso.
Dia desses, no Jalapão, o governador Mauro Carlesse fez um discurso daqueles, elogiando o presidente por enviar recursos para o combate à pandemia no Tocantins. Obrigação constitucional dele.
Qual a necessidade disso? Auto-afirmação?
Foram cenas deploráveis. Lamentáveis. E não pelo apoio ao presidente. O regime democrático permite que qualquer um manifeste apoio quem desejar.
O problema é o momento. É a hora. É o enfrentamento da pandemia.
Bolsonaro beira à psicopatia social com essa falta de compaixão. Como sempre, desceu sem máscara: ele, seus seguranças, sua comitiva e sua equipe de imprensa.
Até quando as instituições vão tolerar esse tipo de comportamento?
Até quando, Brasil?
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