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Com Zanin em Portugal e STF em recesso, liberação de Eduardo pode demorar

Ministro Cristiano Zanin está em Portugal, STF em recesso e ainda há a possibilidade de que o Habeas Corpus seja julgado pela segunda turma, a mesma que julga Bolsonaro

Crédito: Divulgação

A expectativa em torno da liberação do prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) da prisão preventiva -  cujo prazo é de até 180 dias – é grande na Capital, especialmente entre seus aliados e correligionários.

 

 

As mudanças promovidas pelo vice-prefeito, Carlos Velozo( Agir), agora prefeito em exercício, causaram furor nas redes, com acusações de traição e rompimento.

 

 

Sereno e se mostrando bem preparado psicologicamente para o embate que vai travar nos próximos dias, o prefeito em exercício deu o tom na entrevista coletiva de ontem, quarta-feira, 2 de julho no Orquidário. 

 

Em resumo, vai assumir as responsabilidades para as quais foi eleito. Sim, porque embora muitos o estejam considerando um funcionário do prefeito afastado (a quem deveria submissão ao invés de companheirismo) o vice também foi eleito. Vice, como se sabe, substitui o titular em caso de vacância ou impedimento, que é o que acontece agora.

 

Agir, Filipe Martins e Pastor Amarildo foram importantes quando Eduardo Siqueira só tinha um sonho -  o de voltar a ser prefeito -  e sola de sapato para gastar.

 

 

Na gestão, o Agir ocupou a secretaria de Educação, onde o partido indicou a vereadora Débora Guedes. Outros cargos de segundo escalão também foram ocupados, mas nas últimas semanas a disputa política dentro da pasta vinha fritando em fogo brando a secretária.

 

 

Diz-se nos bastidores que para abrir espaço para uma possível indicação da Senadora Professora Dorinha, pré-candidata ao governo do Estado a quem Eduardo Siqueira já tinha sinalizado apoio.

 

 

Voltando a prisão de Eduardo e à expectativa de sua soltura. As famosas “fontes de Brasília”, sussurram nos bastidores que não será tão fácil assim.

 

 

Quem conhece o processo garante que o prefeito eleito se enrolou num caso que envolve gente graúda de um lado e gente perigosa de outro. Imprudência? Não dá para afirmar a esta altura sem conhecimento dos autos.

 

O certo é que quem conhece o ministro Cristiano Zanin sustenta que a decisão foi rasa na fundamentação para “não espantar outros alvos”.

 

A movimentação do processo que envolve afastamento de governadores da alçada do STJ, para o STF e para a responsabilidade de Zanin é sintomática de que haverão consequências.

 

 

O pedido de Habeas Corpus que a defesa de Eduardo Siqueira aguarda para protocolar, pode cair para a avaliação de um plantonista, ou pode ser avaliada pelo próprio Zanin. A aposta no meio jurídico é a de que nada muda até agosto. 

 

Ouvi também que as condições em que está preso Eduardo Siqueira, por outro lado, talvez não sustentem com possibilidade de êxito um pedido de conversão em prisão domiciliar. Quando o ministro procurar saber, pode ser informado de que o prefeito está bem acomodado, com horário de visitas flexível e se alimentando do que vem de casa. Aliás nas mesmas condições (ar-condicionado, TV), em que ficaram dois ex-governadores: Mauro Carlesse e Marcelo Miranda. 

 

 

Qualquer outro prefeito nas condições de Eduardo estaria fora do jogo, mas Eduardo é Siqueira e tem condições de se recuperar.

 

 

Até lá podemos nos preparar para novas matérias em rede nacional desgastando sua imagem, para rumores de negociações de impeachment e para novas acusações de outros supostos crimes.

 

 

Talvez por ter estas e outras informações, o prefeito em exercício esteja se preparando para um período mais longo de interinidade.

 

 

O poder não respeita vácuos. Dizer que por ocupar seu espaço, o vice seja um Judas traidor, é exagero dos que estão com as emoções à flor da pele.

 

 

 

Por enquanto há que se dar a Velozo o crédito de estar fazendo exatamente o seu trabalho. E se cercando dos seus aliados, correligionários e pessoas de confiança para gerir a cidade.

 

 

Afinal, ele foi eleito para isto. E só é vice porque lá atrás, o Agir de Amarildo acreditou que o sonho de Eduardo era possível.

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