O governador Mauro Carlesse retornou hoje, 02, das férias rápidas que se concedeu pela segunda vez depois das eleições, num curto intervalo em que permitiu que o presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Helvécio, assumisse o comando do Estado.
Foi do presidente do TJ a canetada que negou o que os deputados estaduais desejavam e aprovaram a toque de caixa na primeira saída de Carlesse: Um fundo compulsório, que bloquearia parte dos recursos do Estado na primeira semana de cada mês, destinado a pagar emendas, que já são impositivas.
O Diário Oficial de ontem à noite, 1º de dezembro, trouxe o veto ao invés da sanção, e à Casa cabe derrubá-lo ou negociar com o governo alguma saída, já que para a maioria dos ouvidos pelo Blog, “como está não dá para ficar”.
A repercussão do ato gerou constrangimentos na Casa. Isso por que a fatura do desgaste com o governador deve ser dividida, defendem alguns parlamentares. “Do jeito que ficou, sobrou na conta do Dertins e não é justo, por que ele não fez sozinho”, disse na segunda um deputado insatisfeito com o andar da carruagem, em conversa com o Blog.
A informação é que existem emendas de 2018 que nunca foram pagas. Os prefeitos estão se tornando cobradores dos deputados, o que está gerando mais desgaste do que o efeito positivo que as emendas deveriam ter.
Segundo conta mais de um parlamentar, a ordem, no Palácio, é que cada um “defina prioridades” para pagamento. O que força o deputado ou deputada a escolher um ou dois para pagar, deixando os demais de fora.
Não é incomum, conta um deles, acordar com cobrador na porta. Eventos serem realizados e a emenda para aquela finalidade não ser paga.
De outra fonte, o Blog ouviu que o próprio Carlesse era a favor do fundo, quando era deputado, mas que agora a visão é outra.
A espera por Antonio Andrade que se afastou para uma pequena cirurgia tem também outro motivo: o próprio presidente, durante o afastamento, teria chamado os deputados e mandado desengavetar o projeto. Mas saiu sem publicar. Por não ter combinado antes...
Deu no que deu. Com jeitinho pode resolver. Ou ficar pior...
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