Foi assim que políticos e, quem diria... até jornalistas trataram o furo de reportagem que demos ontem nas redes e no T1 Notícias, ao antecipar o resultado da decisão do ministro Cristiano Zanin de negar o pedido de relaxamento da prisão do prefeito Eduardo Siqueira Campos e transformá-la em prisão domiciliar.

 

De ontem para hoje, recebi todo tipo de pressão para retirar meu comentário do X e do Instagram... e também a nota publicada na minha coluna Café On-line, no T1 Notícias.

 

O argumento é de que eu estaria vazando processo sigiloso do STF... E de que serei processada pelos advogados, correndo o risco de ser presa... Vejam só a que ponto chegamos…

 

Nas ocasiões em que a informação privilegiada chegou para a cessionária da Globo, que coloca usualmente suas equipes na porta dos alvos de operações da PF antes de a polícia agir... nunca vi ninguém se levantar para falar em vazamento ou tratamento privilegiado como agora.

 

Nestes mais de 16 anos do portal, me lembro de ter antecipado a renúncia de João Oliveira ao cargo de vice, antes de Siqueira renunciar ao mandato para entregar o comando do Estado a Sandoval.

 

E de ter também, numa tarde de quinta-feira, antecipado a decisão do TSE de devolver o comando do Palácio Araguaia a Marcelo Miranda, depois de Mauro Carlesse já ter assumido.

 

Naquele dia, a decisão favorável a um recurso de Marcelo foi primeiro para o mural e depois para os autos eletrônicos do processo... Recebi a informação porque alguém lá fez foto e enviou.

 

A demora durou um dia e, nesse intervalo, como agora, teve portal me desmentindo, gente me criticando e me atribuindo fake news…

 

O interessante é que, se a notícia fosse boa — se eu tivesse noticiado que Eduardo seria solto, como acredito que a maioria dos palmenses deseja —, ao invés de ameaças de processo e até de risco de prisão, eu teria recebido elogios e flores…

 

A questão, amigos, é que a minha responsabilidade maior como jornalista é, e tem que ser, com os meus leitores e com quem me acompanha nas redes porque quer ser bem informado.

 

O que eu criei nesses anos todos foi uma imensa rede de informação, em todos os níveis.

 

Jornalista precisa ter bom relacionamento, e é só isso.

 

Não existe rede de conspiração...

 

Não existe remetente e destinatário de trama política.

 

Existem copeiros, garçons, gente da limpeza, amigos... em todo lugar.

 

Os invisíveis que escutam tudo também sabem falar... E, muitas vezes, as pessoas poderosas se esquecem disso…

 

Sigo firme no meu compromisso com a informação.

 

E resguardada pela Constituição Federal para exercer o jornalismo, informando o que tem relevância, independentemente de se a notícia agrada ou não.

 

Lamento ter sido alvo de pessoas que eu considerava amigas, algumas que nem foram para as ruas ou para a urna votar em Eduardo Siqueira Campos, como eu fui.

 

Tenho o maior carinho pelo prefeito e pela sua família. Mas não posso deixar de dar uma informação só porque, neste momento, ela é adversa.

 

Meu abraço a todos os que leram e confiaram que eu não divulgaria uma mentira para abalar quem quer que seja.

 

Continue por aqui. Meu maior compromisso é — e será — com a informação!