Uma movimentação do gabinete do senador Eduardo Gomes (MDB), convidando líderes políticos e comunitários a se filiarem ao Patriotas em Palmas acendeu a luz amarela na capital, com a leitura de que o senador poderia assumir o comando do partido no Estado.
Falando ao blog na manhã de hoje, 17, ele descartou a possibilidade de deixar o MDB. “Sou emedebista, estou no partido há dois anos e cumprindo meu papel partidário. Agora estou atento e não vou deixar de me articular para a eleição do ano eu vem”, disparou.
A eleição, por enquanto é para Governador, Senador, e deputados federais e estaduais. O Congresso Nacional, como se sabe, é fundamental para a base política do presidente Jair Bolsonaro, que tem Gomes como líder e um dos maiores articuladores da política governista.
A eleição de Governador, para a qual o nome de Gomes tem sido ventilado, é um abacaxi a ser descascado no grupo Carlesse. “Você começou na política comigo lá atrás, a gente não tinha dinheiro, não tinha nada mas saia de casa motivado por um projeto, por um líder, que era o governador Siqueira Campos. Hoje não vejo motivação para nada. As pessoas não se animam, no geral a entrar para a política. Um produtor rural, que tem uma fazenda, uma vida organizada, nem cogita entrar para a política”, avaliou.
Apoio a Dimas e necessidade de mais paixão na política
Ele critica que haja muita divisão no cenário político e que quem quiser ser candidato vai precisar construir isso com o grupo todo. “Não pode ser interesse pessoal que defina essa escolha. Tem que ver quem são os candidatos, fazer convenção, tudo certinho”, comenta.
Questionado se está no projeto de Ronaldo Dimas, Gomes respondeu que sim. “O Ronaldo é preparado, tem visão do Estado, eu não teria por que não votar nele. Agora tem que construir. Não podemos ser só eu e ele, tem que convencer mais gente de que é o melhor nome para o Estado, política é isso”.
Recebendo Janad e descartando intrigas
O senador, que recebeu em Brasília a presidente da Câmara de Palmas, Janad Valcari (Podemos), voltou a criticar a “central de fofocas” que circulam na capital, fabricando, segundo ele, “teorias da conspiração”.
“Eu falo com todo mundo, recebo todo mundo. Ela é presidente da Câmara de Palmas. Eu fui presidente, sou senador da República, por que não a receberia? As pessoas tem que parar com isso. Não estamos mais no tempo que tudo era problema. Não sou desses, eu faço polítca diferente. Falo com absolutamente todo mundo”, resumiu.
Gomes citou o tempo que “Marcelo tinha problema com Eduardo Siqueira”, quem fosse amigo de um não podia ter convívio com outro. “Eu falo com o Vicentinho, converso com a Kátia, liguei para o pessoal do Somos nessa questão da vacina, mandei o relatório de tudo que eu fiz desde o começo da pandemia, para conseguir mais vacinas, EPIs, recursos para leitos de UTI e tudo mais”.
“Difícil cobrar vacinas com mais de 200 mil doses estocadas”, critica Gomes
O senador oficiou o Ministério da Saúde e aguarda resposta sobre o quantitativo de vacinas enviadas para o Tocantins, mas não deixou de criticar o alto estoque de vacinas disponível no Estado. “Fica difícil cobrar mais vacinas com mais de 200 mil doses estocadas”, ponderou.
Ele lembrou ainda que esteve junto com o governador em audiência com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, há alguns dias. “Por que não houve esse questionamento, essa reivindicação? Eu não estou cuidando, vigiando vacinas. Eu tenho que ser provocado naquilo que o Estado precisar de mim. Mesma coisa essa Sputnik. Não estou convencido que é boa, eu não compraria, mas se tem problema na Anvisa para liberação da compra para o Estado tem que ter alguém técnico cuidando disso”.
Para o senador, a distribuição das vacinas aos municípios pode ser mais ágil se contar com o apoio logístico do governo do Estado.
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