Nem bem terminou a votação no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE) no começo da noite de ontem, 21, para que a vitória por 6 a 1 da prefeita de Gurupi, Josi Nunes, em decisão coletiva, fosse comemorada também pelos demais alidados do ex-governador Mauro Carlesse. Trata-se de ação movida contra ela objetivando perda do mandato, que obteve a manutenção do cargo após ameaça de cassação com a decisão de primeira instância. Josi foi defendida pelo advogado Adwardys de Barros Vinhal e o vice-prefeito, Gleydson Nato, pelo advogado Rolf Vidal. Os aliados de Carlesse comemoram em razão de que, com a decisão, não há fator determinante de inelegibilidade que impeça de disputar as eleições deste ano.
Carlesse tem reunido vereadores, lideranças e falado da disposição de disputar o Senado. Mas, há quem aposte que o ex-governador deve recuar para uma candidatura a deputado federal, o que seria mais fácil no cenário atual de obter êxito.
Retraído após o afastamento e a renúncia, longe da imprensa e dos holofotes, Carlesse tem aparecido pouco para falar dos planos políticos. Porém, nos bastidores, trabalha para formar um grupo forte que o apoie, incluinddo deputados estaduais que outrora eram frequentadores assíduos do Palácio e de sua casa.
Pessoas próximas ao ex-governador teriam dito que ele olha para o futuro e não tem nenhum desejo de vingança contra ex-aliados, mas que não perdoa três deputados (um brinde para quem adivinhar quais são).
Como tudo nos bastidores da política em Palmas corre o risco de se confirmar ou virar lenda, uma suposta delação do ex-secretário Claudinei Quaresemin caiu no descrédito nas últimas semanas depois de ter sido muito ventilada essa possibilidade.
Uma fonte bem próxima dos dois, ex-governador e seu sobrinho, garantiu ao Blog que esse comportamento jamais seria uma opção para Quaresemin, que quando à frente do governo era mencionado entre os deputados como o "Iceman".
O certo é que, afastada a dupla condenação para Josi e Carlesse com relação ao proceso eleitoral de Gurupi, resta ainda o questionamento acerca do processo de impeachment, que já havia sido iniciado, tramitado pelas comissões e votado em primeira votação quando o ex-governador optou por fazer a carta de renúncia. Há divergências entre advogados do eleitoral que atuam em Palmas, porém uma vertente significativa defende que Carlesse teria ficado inelegível em virtude de ter renunciado com processo de impeachment já bastante avançado.
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