ATM reafirma que reajustar tarifas de água e esgoto é competência dos municípios

Associação Tocantinense de Municípios se posiciona após deputados estaduais aprovarem decreto que derruba aumento de tarifa de água no Tocantins

João Emídio de Miranda, presidente da ATM
Descrição: João Emídio de Miranda, presidente da ATM Crédito: Foto: Ascom/ATM

Reajustar a tarifa de água e esgoto é uma competência dos Municípios, afirma o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e prefeito de Brasilândia do Tocantins, João Emídio de Miranda. Na quarta-feira, 31, deputados Estaduais aprovaram, em segunda fase, Projeto de Decreto Legislativo, que derrubou o aumento de 17,15% na tarifa de água, cobrado pela Odebrecht Ambiental Saneatins em 47 cidades tocantinenses. Nesta sexta-feira, 02, o decreto foi publicado no Diário Oficial da Casa de Leis.

 

Desde março deste ano a concessionária cobra o aumento da tarifa de seus clientes, com a autorização da Agência Tocantinense de Regulação (ATR). “Legislar sobre assuntos de interesse local é direito garantido aos Municípios pela Constituição Federal. Recomendamos que nenhum gestor assine qualquer documento da concessionária que reajusta a tarifa de água e esgoto”, pede o presidente da ATM.

 

Competência

A concessionária atende 80% da população tocantinense, tendo 350 mil ligações de água. Segundo a própria concessionária, a agência que regula e fiscaliza o serviço de água no Tocantins é a ATR. “Regular e fiscalizar são atos completamente diferente de legislar” afirma João Emídio, que lembra que essa competência é do legislativo Municipal. A União dos Vereadores do Estado do Tocantins (UVET) já se pronunciou sobre o assunto e acompanha o entendimento da ATM.

 

Decreto

A maioria dos parlamentares assinou o Decreto Legislativo, que foi aprovado por unanimidade pelas comissões por onde transitou. Com a publicação no Diário Oficial da Casa de Leis nesta sexta-feira, 02, o decreto vigora em todo o Estado, já que não precisa ser sancionado pelo chefe do Executivo. “Consideramos essa mais uma grande conquista municipalista, pois é preciso estar também atento aos impactos que as ações e interesses de organizações do segundo setor geram aos entes municipais e, por conseguinte, aos munícipes”, finaliza João Emídio. 

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