Centenárias, Araguacema e Tocantinópolis comemoram aniversário nesta terça, 28

O povoamento de Araguacema começou por volta de 1812, com a criação do Presídio de Santa Maria; a história de Tocantinópolis está relacionada com os missionários religiosos e com o babaçu

Araguacema
Descrição: Araguacema Crédito: Aldemar Ribeiro/Governo do Tocantins

Duas cidades centenárias de importância no cenário turístico e cultural do Tocantins aniversariam nesta terça-feira, 28: Araguacema e Tocantinópolis. Araguacema, terra do professor e jornalista Joãomar Carvalho, figura entre as cidades mais antigas do Estado. Seu povoamento começou por volta de 1812, com a criação do Presídio de Santa Maria. Outro marco importante da história do município são as ruínas de um antigo frigorífico, implantado em 1943, cuja finalidade era abastecer as Forças Armadas Brasileiras, no final da Segunda Guerra Mundial.


 

No Tocantins, entre junho e setembro, período das águas baixas, lindas praias se formam às margens dos rios do Estado, apresentando um cenário único no interior do Brasil. É só decidir e elas estão lá, de norte a sul, em meio a uma natureza deslumbrante para seus momentos de total lazer. E um dos municípios que detém as praias mais bonitas e badaladas da temporada é Araguacema, às margens do Araguaia, a quase 300 Km de Palmas.


 

O município foi criado em 15 de junho de 1937. Com a implantação do Presídio de Santa Maria, em 1812, por ordem do príncipe regente D. João VI, iniciava-se a colonização de Araguacema, que servia de pouso para comerciantes que sofriam ataques indígenas.


 

Em 1812 houveram conflitos entre os moradores do presídio e um grupo de índios Caiapó, Xavante e Karajá, que atacaram o forte. Houve mortes e os índios acabaram expulsando os moradores do lugar. Por ordem do príncipe D. João, o presídio foi restaurado em 1813, sendo que em 1858 começou novo povoamento, que no início se chamou Santa Maria do Araguaia.


 

A cidade existe desde 1911, tendo sido emancipada em 28 de julho de 1919. Parte da história de Araguacema está nas ruínas do antigo frigorífico que existiu na cidade. Implantado para abastecer as forças armadas brasileiras, no final da 2ª Guerra Mundial (por volta de 1943), o frigorífico é tido como uma estratégia militar da FAB, porque, ao contrário de Belém (PA), a região tinha um grande rebanho bovino. No mesmo período foi criada uma linha de avião diária pela empresa aérea Cruzeiro do Sul, posteriormente substituída pela Vasp e depois pela Viatec, já no final dos anos 70.

 

Em 1930 deu-se a mudança da sede da vila de Porto Franco (hoje Couto de Magalhães) para o povoado de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema) que foi elevada à categoria de vila em 18 de março de 1931, e em 30 de março do mesmo ano, foi elevada à categoria de cidade.


 

Tocantinópolis


 

A cidade de Tocantinópolis, o portal do Bico do Papagaio, completa 162 anos. O primeiro nome da cidade foi "Boa Vista", apesar de estar localizada na margem do rio Tocantins, a cidade fica na parte alta, e no centro da parte mais alta se encontra a Catedral, muito simbólico, nas questões religiosas e políticas da época dos pioneiros da Boa Vista, a história da cidade é carregada de conflitos latifundiários e com os índios Apinajés.


 

A história de Tocantinópolis está relacionada com os missionários religiosos e já teve sucesso econômico no século XIX, quando o babaçu era um dos primeiros produtos explorados. As belas paisagens, terra fértil com muita da palmeira babaçu e, a visão contemplativa do Rio Tocantins, atraíram os primeiros habitantes por volta do ano de 1818.


 

As belas paisagens, terra fértil – repleta da palmeira babaçu –, e a visão panorâmica do Rio Tocantins atraíram os primeiros habitantes para Tocantinópolis, por volta do ano de 1818. 

 

Era na época do transporte fluvial pelo Rio Tocantins, quando a cidade exportava o babaçu, pele de animais e cereais. O município também abrigou missão jesuíta para catequizar os índios Apinajé, que ainda hoje vivem numa aldeia local.



 

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