Com 1.152 contratos temporários, MPE cobra concurso público em Porto Nacional

Se não fizer o concurso, a Prefeitura pode ser multada no valor de R$ 30 mil, em razão da não realização do certame e da manutenção irregular de servidores comissionados.

Prefeito de Porto Nacional deve realizar concurso público
Descrição: Prefeito de Porto Nacional deve realizar concurso público Crédito: Divulgação

Com 1.152 servidores sob contrato temporário, número que foi considerado absurdo pelo Promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva,  o Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com uma ação na Justiça contra o município de Porto Nacional e contra o prefeito Joaquim Maia, na sexta-feira, 29, requerendo que a administração seja obrigada a realizar concurso público, substituir todos os servidores contratados irregularmente e se abster de realizar novas contratações.

 

O representante do MPE decidiu atuar na esfera judicial após o prefeito de Porto Nacional descumprir Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) por meio do qual havia se comprometido a lançar o edital do concurso público até janeiro de 2018.

 

Em razão disso, a 5ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional também requer à Justiça que seja executada a multa que estava prevista no TAC para o caso do descumprimento dos termos e prazos previstos. 

 

Segundo constava no acordo, deve ser imposta multa ao prefeito no valor de R$ 30 mil, em razão da não realização do concurso público e da manutenção irregular de servidores comissionados. A esse valor, deve acrescida multa mensal de R$ 5 mil, proporcional ao tempo em que a situação de irregularidade persistir após o prazo final previsto no Termo de Ajustamento de Conduta. Segundo o artigo 37 da Constituição Federal, o concurso público deve ser a regra para o ingresso de servidores no serviço público e a admissão de pessoal por contrato deve ocorrer apenas em situações de excepcionalidade previstas em lei específica. 

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