No final da tarde de ontem, 19, centenas de pessoas, entre comerciantes, trabalhadores e populares se reuniram em Araguaína, em manifestação pedindo mais segurança para a cidade. Somente este ano, segundo dados da 
polícia, já foram registrados 54 homicídios no município.
O protesto ocorreu na Avenida Cônego João Lima, no centro da cidade, em frente à loja de móveis onde o gerente Adriano Inácio da Silva Monteiro, de 30 anos, foi baleado durante assalto dentro do estabelecimento, ocorrido na segunda-feira, 18, e acabou morrendo após ser atingido com um tiro no peito.
No protesto de ontem várias lojas fecharam as portas mais cedo, funcionários e empresários se juntaram à população, com faixas e cartazes, em caminhada pela avenida, em direção à Praça das Bandeiras, onde os manifestantes deram as mãos e rezaram em apoio à família do gerente. Durante a manifestação, a população acompanhou parte do cortejo que levava o corpo de Adriano para ser enterrado no cemitério Jardim das Paineiras.
Na manifestação a população ainda cobrou o governador Marcelo Miranda, emitindo pedidos de justiça pelas mortes ocorridas na cidade em decorrência da criminalidade e mais segurança nas ruas e bairros de Araguaína. Na ocasião, a Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara) elaborou um documento com demandas que serão encaminhadas diretamente ao governador.
Morte de gerente
Adriano foi atingido com um tiro no peito durante um assalto, foi socorrido por populares ainda com vida e levado ao Hospital Regional de Araguaína (HRA), onde morreu cerca de uma hora depois. Os funcionários da loja, que testemunharam o crime, informaram à polícia que dois homens participaram da ação. Um deles ficou do lado de fora, aguardando com a motocicleta ligada, enquanto o outro entrou na loja e foi até o caixa. Ainda segundo os relatos, Adriano estava na parte da frente da loja e foi avisado que havia um suspeito armado nos fundos do estabelecimento.
O gerente teria ido até o caixa e ficado de frente com o assaltante, quando foi atingido com um tiro no tórax. O suspeito fugiu em seguida, mas a polícia já trabalha com imagens do circuito interno de segurança da loja e com imagens externas de outros comércios vizinhos para identificar os envolvidos no crime. Adriano deixa esposa e dois filhos.
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