O atual prefeito de Monte do Carmo, Condosert Cavalcante, conhecido como Condim, em resposta às acusações feitas pelo ex-vice-prefeito, Wlisses Jason de Oliveira Negre, disse que não pagou o salário dos ex-gestores porque as parcelas recebidas posteriormente à cassação do mandato dos mesmos foram usadas para pagar dívidas que segundo ele, são prioritárias.
Condim Cavalcante encaminhou ao Portal T1 Notícias nesta segunda-feira, 25, a mesma justificativa que deu ao Ministério Público Estadual sobre o caso. No documento, ele afirmou que recebeu a prefeitura após o maior repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que acontece no dia 10 de cada mês, e que esses valores “foram utilizados, na maior parte, para pagar despesas, digamos, não prioritárias”.
Segundo Condim, a prefeitura recebeu no dia 10 de fevereiro o valor de R$ 381.437,31 de FPM e no dia 16 de fevereiro recebeu R$ 158.268,00 de ICMS, totalizando R$ 539.705,31. Ele alega que encontrou a prefeitura com “várias despesas que somadas consumiram todo o FPM do dia 10/02/2016 e o ICMS do dia 16/02/2016”.
“Observa-se que o ex-gestor foi cassado na quarta feira, dia 17/02/2016, sendo que a nova gestão tomou posse em 19/02/2016, deparando-se com o caixa vazio e, mais do que isso, os servidores públicos, fornecedores e prestadores de serviço não tinham sido pagos, bem como a Prefeitura não tinha repassado os valores do duodécimo da Câmara”, afirmou o atual prefeito no documento.
De acordo com ele, assim que tomou posse das senhas para movimentar os recursos públicos, “a nova gestão usou o recurso disponível, recebido nos dias 20 e 30 de fevereiro de 2016 e originário do FPM, para realizar o pagamento dos servidores públicos e do duodécimo da Câmara de Vereadores, sendo certo que a verba recebida pela municipalidade não foi suficiente para quitar as dívidas com fornecedores, prestadores de serviços e, destaca-se, com os ex-Secretários Municipais (19 dias, até 19/02/2016), os anteriores Prefeito e Vice-Prefeito (19 dias, até 19/02/2016), bem como o Prefeito e o Vice-Prefeito atuais (a partir de 19/02/2016) e hoje Secretários Municipais (de 19/02/2016 em diante)”.
E ele segue justificando: “Desse modo, no mês de março os valores recebidos pelo município estão sendo usados para o pagamento das despesas mais urgentes, especialmente com os fornecedores e prestadores de serviço e, tanto quanto possível, está sendo pago os ex-Secretários Municipais, tanto isso é verdade que três deles já tiveram os subsídios recebidos, sendo que apenas três Secretários da gestão atual estão com o pagamento em dia, indicando, assim, tratamento impessoal e razoável do presente Governo”.
Confira em anexo o documento na íntegra.
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