Destruição de imagens em praça de Palmas é investigada pela Polícia Civil

A destruição das imagens religiosas na Praça Via Sacra, na quadra 308 Sul, em Palmas, ocorrida na madrugada de segunda-feira, 19, está sendo investigada pela Polícia Civil. A prefeitura de Palmas havia informado ontem que as imagens foram atingidas por galhos que teriam caído das árvores da praça, mas conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública, o caso é apurado pelo delegado Francisco Gonçalves Sabóia Filho, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas. Nas redes sociais, vários palmenses manifestaram indignação sobre o ocorrido e reforçaram a suspeita de que a destruição tenha ocorrido em um ato de vandalismo ou crime de ódio.

A SSP informou ainda, ao T1 Notícias, que foi registrado Boletim de Ocorrência, na manhã desta segunda, na Central de Atendimento da Polícia Civil, relatando dano contra imagens do Santuário Nossa Senhora de Fátima. “A Polícia Civil esclarece ainda que a perícia compareceu ao local e que a ocorrência está sendo investigada pela 1ª Delegacia de Polícia de Palmas”.

Na noite de ontem, fiéis se reuniram na Praça Via Sacra, em uma missa a céu aberto, em homenagem a Nossa Senhora de Fátima. Em nota enviada à imprensa ontem, o arcebispo Metropolitano de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães, lamentou o ocorrido e informou que as igrejas da Capital vêm sendo alvos de constantes roubos. Conforme a nota, os fiéis também têm sofrido com a insegurança nos estacionamentos e arredores das igrejas.

“Intolerância religiosa é crime de ódio, inafiançável e imprescritível, que fere a liberdade e a dignidade humana. A base da religião é amor; da convivência fraterna, o respeito; e das relações sociais, a legalidade. Por que todo esse ódio? A quem interessa essas atitudes? E elas estão a serviço de que e de quem? Somos uma Igreja fundada e que vive dentro da legalidade. A liberdade de expressão e de culto é assegurada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal do Brasil”, afirmou Dom Pedro.

As imagens destruídas foram recolhidas pela Guarda Metropolitana de Palmas na manhã de ontem e serão restauradas pela prefeitura.