Eleições do Sisemp são suspensas após confusão entre comissão eleitoral e chapas

A Polícia Militar e a guarda metropolitana foram acionadas para ajudar na negociação e na delegacia o presidente da comissão eleitoral decidiu suspender o pleito. Chapa alega falta de transparência.

Tumulto termina em cancelamento de eleições
Descrição: Tumulto termina em cancelamento de eleições

As eleições do Sindicato dos Servidores Municipais de Palmas (Sisemp) foram suspensas, por prazo indeterminado, após uma confusão entre comissão eleitoral e membros das duas chapas que concorrem ao pleito, nesta quarta-feira, 23. A Polícia Militar e a Guarda Metropolitana chegaram a ser acionadas e o presidente da comissão eleitoral, Sandro Abreu Adrian, chegou a ir até a delegacia de polícia onde tomou a decisão de suspender o pleito que estava previsto para ser encerrado nesta quinta-feira, 24.

 

De acordo com o presidente da Comissão as dificuldades iniciaram logo no início da manhã, no momento da coleta dos votos, quando houve o acionamento da Polícia Militar e tentativa de denegrir patrimônio dos servidores e o veículo da assessoria jurídica da entidade sindical.

 

“Após vários diálogos com representantes das chapas, apenas duas urnas foram liberadas, sendo que a urna de nº 02 enfrentou dificuldades na coleta dos votos enquanto cumpria o seu itinerário”, disse o presidente Sandro Adrian. A suspensão foi necessária, segundo a Comissão, pois os membros não sentiram segurança diante do contexto, bem como para os mesários e ao exercício do voto.

 

Por meio de nota, os servidores municipais que integram a chapa 02 e concorrem às eleições do Sisemp informaram que repudiam atos de vandalismo que atentam contra o patrimônio público. “Repudiamos também a postura antiética da Comissão que, a princípio, não permitiu que os fiscais acompanhassem as urnas volantes, um flagrante desrespeito à lisura do processo eleitoral”.

 

Ainda na nota os membros da chapa mencionaram as supostas ameaças sofridas durante o itinerário das urnas volantes. “O relato do fiscal que acompanhou a urna é de que não houve nenhum tipo de tumulto ou ameaça, à integridade da Comissão Eleitoral. Nem Boletim de Ocorrência foi registrado pela Comissão”, disseram na nota os membros da chapa.

 

Transparência

Outro ponto abordado na nota da chapa 02 foi a suposta falta de transparência visualizada na condução do processo eleitoral. “A atitude do atual presidente do Sisemp e candidato à reeleição, Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), bem como dos membros da Comissão Eleitoral, demonstram total falta de respeito para com os servidores sindicalizados”, consta na nota.

 

Eles informaram que não teriam sido realizadas reuniões com os membros das chapas para tratar de assuntos pertinentes à eleição. “Durante o processo, todos os pedidos de reunião formulados pela Chapa 02 foram negados. Nem mesmo o prazo de divulgação do itinerário das urnas volantes foi cumprido”, diz a nota da chapa 02.

 

Também por meio de nota, a Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO) lamentou a suspensão das eleições previstas para acontecer em 23 e 24 de setembro e disse lamentar “a falta de transparência com que o processo foi conduzido desde o início”.

 

Para a NCST-TO a suspensão “frustra as expectativas dos servidores públicos municipais de Palmas e trará prejuízos futuros aos projetos do Sindicato, bem como à defesa dos direitos da categoria” e “é também um flagrante desrespeito ao exercício da democracia”.

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