Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia da Enfermagem e o Dia do Enfermeiro. Para conscientizar a população a respeito disso, um grupo de profissionais da área realizou uma manifestação pacífica na praça do Girassóis na manhã desta terça-feira, 12. O ato neste momento não seria mais propício, já que a categoria faz parte da linha de frente no enfrentamento da pandemia de covid-19, que vem assolando o mundo nos últimos meses.
No Tocantins, 21 profissionais da saúde que atuavam no combate ao novo coronavírus testaram positivo para doença, segundo último Boletim Epidemiológico do Governo do Estado, publicado ontem, 11. No Brasil, conforme o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), já são mais de 3 mil profissionais da área infectados e 98 mortes confirmadas até o último dia 7.
“É uma situação grave, que exige medidas imediatas para evitar o adoecimento em massa de profissionais, que pode ser catastrófico não apenas para os diretamente afetados, mas para o próprio sistema de Saúde”, diz Manoel Neri, presidente do Cofen.
Sobre a manifestação em Palmas
Usando jalecos, máscaras e segurando cruzes e faixas, enfermeiros protestaram na Praça dos Girassóis no início da manhã desta segunda-feira, 11. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem no Tocantins, Mônica Bandeira, o intuito da manifestação foi homenagear vítimas da doença, principalmente os colegas da enfermagem, e chamar a atenção em relação às pautas que vêm sendo cobradas há muito tempo, além de abrir a 81ª Semana Brasileira de Enfermagem - que vai de 12 a 20 de maio.
“Nossa ideia é chamar a atenção para os colegas que possuem doenças de base e continuam trabalhando porque não conseguiram afastamento, e para os que ficaram trabalhando em condições indignas com equipe reduzida” conferiu.
Sobre as pautas históricas da enfermagem, Mônica afirma que a categoria busca "melhores condições de trabalho, dimensionamento de pessoal, piso salarial nacional, carga horária de 30 horas semanais e aposentadoria especial”.
Poucas pessoas compareceram ao protesto para evitar aglomeração, explica Mônica.“Este ato é simbólico, com poucas pessoas, até porque não vamos ir contra as regras de isolamento social, somos os maiores defensores dela” ressaltou.
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