Juiz determina a soltura de três ex-secretários de Palmas apontados em operação da PF

Eles estavam cumprindo prisão provisória, em Palmas, a pedido da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU), após deflagrada a operação “Carta Marcada”.

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Nesta quarta-feira, 22, o juiz federal João Paulo Abre determinou a soltura do ex-secretário de Planejamento e Gestão de Palmas, Adir Cardoso Gentil, do ex-secretário de Finanças, Cláudio de Araújo Schuller, e ex-secretário de Infraestrutura, Christian Zini Amorim. Todos foram gestores nos mandatos do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). Veja decisão aqui.


 

Eles estavam cumprindo prisão provisória, em Palmas, a pedido da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU), após deflagrada a operação “Carta Marcada”. Presos na terça-feira, 21, o pedido de prisão provisória dos três, acatado pela 4º Vara Federal do Tocantins, tinha duração de cinco dias. 


 

Conforme o magistrado, no pedido de liberdade de Adir Gentil, a defesa do ex-secretário argumentou que  “as medidas cautelares determinadas em seu desfavor foram devidamente cumpridas, assim como foram colhidas suas declarações sobre os fatos, o que tornaria sua segregação cautelar prescindível para a continuidade das investigações do inquérito”policial”. 

 

A defesa de Adir também sustentou que sua faixa etária e condição de saúde o inserem no grupo de risco da pandemia de Covid-19, conforme documentos anexos ao requerimento. 

 

A defesa de Adir Gentil foi feita pelo advogado Leandro Manzano, que responde também pelo ex-secretário Luiz Teixeira (Insfraestrutura) e, também, do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha; os dois últimos não tiveram prisão decretada. No caso de Adir Gentil, a justiça não exigiu pagamento de fiança para soltura do preso. 

 

O juiz João Paulo Abre já havia determinado no começo da noite da terça-feira a soltura de José Emilio Houat, Cleide Brandão Alvarenga e Carlo Raniere Soares Mendonça. Eles tinham a prisão temporária decretada por três dias. 

 

Os empresários Marco Zancaner Gil e Luciano Valadares Rosa, que também tiveram as prisões determinadas, ainda não foram localizados. Contudo, o juiz determinou a revogação dos mandados de prisão expedidos em desfavor deles concedendo-lhes salvo conduto, para que possam comparecer à Sede da Superintendência de Polícia Federal no Estado do Tocantins, com a máxima brevidade, apresentando sua versão dos fatos. 


 

Operação Carta Marcada


 

Aproximadamente 150 policiais federais cumpriram 35 mandados judiciais, sendo oito de prisão temporária e 27 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas expedidas pela 4º Vara Federal do Tocantins.


 

 As ações foram  realizadas nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.  As investigações apuram se empresários e servidores públicos, entre eles ex-secretários, teriam fraudado licitações para desviar recursos públicos destinados a locação de veículos. O

 

s contratos investigados foram fechados em 2014, durante a gestão do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). A suposta organização, composta por três núcleos distintos, é apontada pela polícia de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões através dos contratos investigados. 


 

Os pedidos de prisão temporária foram para: Adir Cardoso Gentil, Christian Zini Amorim, Claudio De Araujo Schuller, Marco Zancaner Gil, Luciano Valadares Rosa, Carlo Raniere Soares Mendonça, Cleide Brandao Alvarenga e José Emilio Houat.

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