O vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho (PR), acusado de ser mandante em tentativa de homicídio contra o prefeito do município, Elson Lino de Aguiar (MDB), recebeu alvará de soltura do juiz substituto José Ribamar Mendes Júnior. Letim Leitão, como é conhecido, está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
Conforme o Portal G1, que teve acesso ao documento, o magistrado também determinou a soltura de outros dois investigados por supostamente intermediar o crime, Paulo Henrique Sousa e Kelly Fernanda Carvalho. Apenas o atirador confesso, Gustavo Araújo da Silva, vai continuar preso até o fim do julgamento.
Além do monitoramento, ficou determinado que eles devem comparecer em juízo mensalmente para informar as atividades, não podem sair da comarca onde moram e devem ficar em casa durante a noite. O juiz disse na sentença que não vê qualquer risco ao processo ou dano social com a medida.
As audiências em que eles foram interrogados foram realizadas no início do mês, mas a Justiça ainda não decidiu se eles devem ou não ir a Júri Popular.
Procurado pelo T1, o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) afirmou, por meio de assessoria, que o processo corre em segredo de justiça e, portanto, não divulgará nada sobre o caso.
A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Sistema Penitenciário e Prisional do Tocantins (Sispen/TO), informou que Leto Moura continua preso já que a empresa vencedora do processo licitatório para prestação de serviços de monitoramento e rastreamento eletrônico teve dificuldade em cumprir o objeto do contrato. Diante disso, uma nova empresa está sendo contratada para a prestação do serviço, com intuito de sanar os déficits da monitoração, regularizando a situação dentro dos próximos dias.
Entenda
O crime aconteceu no dia 09 de janeiro de 2019, quando Gustavo Araújo, a mando de Leto Moura, foi até a residência do prefeito Elson Lino e disparou três tiros contra a vítima, dois no rosto e um no braço. O vice-prefeito teria pago R$ 10 mil pelo crime conforme denúncias do Ministério Público Estadual. O gestor ficou internado no Hospital Geral de Palmas (HGP) até receber alta.
Conforme a Polícia Civil, a divisão de R$ 800 mil, possivelmente desviados dos cofres públicos da prefeitura, teria sido o motivo para o vice-prefeito da cidade ter encomendado a morte de Elson Lino. Letim Leitão teria ficado insatisfeito com o montante repassado para ele.
O empresário Paulo Henrique e Kelly Fernanda são suspeitos de fazer a intermediação entre o político e Gustavo.
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