A balsa que faz o transporte gratuito da orla de Porto Nacional até a ilha de Porto Real foi interditada pela Marinha nesta semana e segundo o secretário de Turismo Neto Ayres o problema é documental e não estrutural. De acordo com o secretário, os documentos necessários ao funcionamento foram identificados, mas ainda não há previsão de regularização, já que é necessária a contratação de um engenheiro naval.
Neto informou que fez um levantamento junto a um técnico da Marinha que gerou um relatório apresentado na sexta-feira, 17, em que são destacados os procedimentos necessários para regularizar a situação. A orientação é que um engenheiro naval seja contratado para trabalhar os projetos de segurança, iluminação e outros para que a balsa volte a operar.
O maior problema relatado pelo secretário é que no Tocantins não há nenhum engenheiro naval e por isso vai ter que abrir uma espécie de licitação para que seja contratado o serviço em outro estado. “A prefeitura está fazendo o possível para resolver, mas hoje o problema está alheio à nossa competência, por isso temos que fazer a contratação”, disse.
Por enquanto o transporte vai ser realizado somente pelas voadeiras que já prestam o serviço no local, a diferença é que é cobrado, já que o transporte é feito por particulares e tem um custo médio de R$ 2 por pessoa.
Falta de respeito
O prefeito Otoniel Andrade (PSDB) mostrou-se indignado com a interdição e avaliou o fato como uma “falta de respeito”. "Se for colocar os pingos no is, é uma falta de respeito de todas as instituições. Como que alguém pode se basear em alguém que está ganhando com isso. E quem está ganhando com isso? São os barqueiros pequenos, com certeza”, disparou.
Na oportunidade, Otoniel questionou o porque da Marinha não fiscalizar os barqueiros. “A marinha vem fiscalizar justamente aqueles que não ganham dinheiro”, disse o prefeito ao destacar que agora “a balsa está parada e as pessoas vão ter que pagar para atravessar”.
Para o prefeito houve uma denúncia que levou a interdição e “quem denunciou foi alguém que tem algum interesse comercial” e completou, “a marinha ao invés de trabalhar a favor dos mais humildes está trabalhando a favor daqueles que estão querendo ganhar dinheiro”.
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