Nonô Noleto lança livro “Flores no Quintal” em Palmas, neste sábado

Em seu terceiro livro, Nonô Noleto conta com um viés feminino, o seu cotidiano de menina pobre em busca de autoafirmação

Nonô Noleto lança seu terceiro livro
Descrição: Nonô Noleto lança seu terceiro livro Crédito: Divulgação

A jornalista, escritora e artesã-licoreira Laurenice Noleto Alves, a Nonô Noleto, de 66 anos, lança na manhã deste sábado, em Palmas, seu livro “Flores no Quintal – Memórias de Sonhos e de Lutas”, na primeira edição do programa Café da Manhã com Literatura, que está sendo promovido pela Oficina de Bolos e Pudins, na 104 Norte. O evento conta ainda com sessão de autógrafos e serviços de café e bolos.

 

Em seu terceiro livro, Nonô Noleto conta com um viés feminino, o seu cotidiano de menina pobre em busca de auto-afirmação; o encontro com o seu grande amor, o jornalista e ex-preso político Wilmar Alves, e a longa caminhada dos dois, com muitas lutas e sonhos, fazendo uma inserção na história política do Brasil à época da ditadura militar. Depois da perda do marido, Nonô diz que sentiu necessidade de escrever sobre esse relacionamento, como se fosse uma terapia. “Senti uma enorme necessidade de escrever as nossas histórias, para que os jovens de hoje e principalmente as minhas netas soubessem que o avô delas, Wilmar Alves - que foi um jornalista de primeira grandeza -, esteve por cinco vezes preso e foi cruelmente torturado, junto com mais um monte de outros jovens de todo o país, nos porões da ditadura militar. Nossa juventude  precisa saber – até mesmo para dar mais valor - o quanto custou a toda uma geração de jovens dos anos 60/70 a democracia que agora todos nós desfrutamos”, afirma.

 

A autora já escreveu outros dois livros: Alice, Araguacema e Cassununga – Meus Três Amores, feito a quatro mãos, junto com o seu pai, Louracy Crisóstomo Noleto, que narra histórias reais ocorridas nos sertões de Goiás, Tocantins e Mato Grosso, nos meados de 1900; e O Moço da Camisa Azul, que fala sobre o seu trabalho de assessoria de imprensa ao então deputado federal Marconi Perillo, quando candidato ao Governo do Estado de Goiás pela primeira vez.

 

Nascida no Mato Grosso e criada em Goiás, Nonô Noleto sempre teve uma relação familiar e profissional com o Tocantins, em especial com as cidades de Araguacema, onde nasceu seu pai e onde ainda moram familiares, e Palmas, onde a jornalista já trabalhou na coordenação executiva de quatro campanhas majoritárias. Em Flores no Quintal, Nonô fala várias vezes de Araguacema, mostra foto do rio Araguaia e conta histórias que vivenciou no então Norte de Goiás, com viagens pela Belém-Brasília, na época da poeira e lama, completamente alheia aos enfrentamentos entre policiais do Exército e jovens guerrilheiros,  bem perto dali, no episódio depois denominado Guerrilha do Araguaia.

 

Perfil 

Formada em Jornalismo pela UFG, ainda em 1972, Nonô Noleto trabalhou nos maiores veículos de comunicação do país, tendo passagem registrada nos jornais goianos O PopularCinco de Março e no extinto Folha de Goyaz. Por mais de cinco anos trabalhou como correspondente em Goiás e no Tocantins do jornal  O Estado de São Paulo, cobriu a Assembléia Constituinte de 1988 para a Folha de São Paulo e Correio Braziliense; foi produtora, editora, diretora de jornalismo e diretora geral da TV e Rádios Brasil Central; e fez diversas assessorias de imprensa e coordenação de propaganda de várias campanhas políticas, em Goiás e em Palmas. E, nos dois últimos anos, a jornalista dedicou-se, também, a militar politicamente, trabalhando na Comissão da Verdade, Memória e Justiça do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, da qual é secretária. 

 

(Com informações de Glês Nascimento)

 

 

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