Palmas continua acima do limite prudencial: investimento em Saúde é acima de 15%

Secretario de Planejamento e Gestão esteve na Câmara para prestar contas da Prefeitura. Na saúde foi investido mais que exigido em lei. Na educação, número deve ser alcançado em dezembro...

Francisco Viana na Câmara
Descrição: Francisco Viana na Câmara Crédito: T1 Notícias

O secretário Municipal de Planejamento e Gestão, Francisco Viana, esteve na Câmara na manhã desta terça-feira, 5, para apresentar a prestação de contas do segundo quadrimestre da Prefeitura de Palmas. A apresentação foi feita pela diretora geral de planejamento, Elizabeth Manzano, e leva em consideração os números do primeiro e segundo quadrimestre acumulados, de janeiro a agosto de 2013, para o cálculo.

 

Investimento em Saúde e Educação

Na saúde, a Prefeitura de Palmas investiu 15,58%, sendo que obrigatório em lei é de 15%. Na educação, o investimento já contabiliza 21,10% e até dezembro deve alcançar o percentual exigido em lei, que é de 25%, segundo o secretário Francisco Viana.

 

Receitas

A diretora de Planejamento apresentou o balanço das Receitas Correntes, que são provenientes do somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimonial e outras, até agosto, que é de mais de R$ 412 milhões.

De Receita Tributária foi demonstrado montante de quase R$ 79 milhões. “As Receitas Tributárias cresceram como as demais porque o pagamento do IPTU é no início do ano e no segundo quadrimestre não tem, mas em contrapartida, temos o recolhimento de ISS”, disse a diretora de Planejamento. Francisco Viana completou que tal comportamento é histórico, no entanto confirmou que no segundo quadrimestre em relação ao primeiro, houve uma queda de R$ 6 milhões na arrecadação.

Nas Receitas de Capital, que alteram o patrimônio duradouro do Município, como por exemplo aquelas receitas provenientes de empréstimos contraídos a longo prazo, a Prefeitura apresentou montante de mais de R$ 18 milhões. Só de operações de crédito, o valor é de quase R$ 3 milhões.

Na Receita Corrente Líquida, que segundo a diretora é “importante para acompanhar o nível de endividamento da Prefeitura”, que soma as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, de serviços, entre outras correntes, a gestão apresentou cerca de R$ 590 milhões de receita. Para esta base são somadas todas as receitas correntes arrecadadas no mês de referência (agosto) e nos onze meses anteriores. Segundo o secretário Viana, “esta receita cresceu R$ 10 milhões no segundo quadrimestre em relação ao primeiro”.

 

Despesas

Nas Despesas Correntes, que são despesas realizadas para manutenção de equipamentos e funcionamento dos órgãos e que tem como principal item para cálculo as despesas com pessoal, a Prefeitura apresentou uma variação de 134,61%. Só na despesa com pessoal a variação é de 113,52% o que, de acordo com Francisco Viana, é acima do limite prudencial, “mas estamos trabalhando para trazer para o limite”. Este cálculo é realizado considerando os 12 meses anteriores e o mês de referência, que é agosto de 2013.

De acordo com o secretário, “houve crescimento do primeiro quadrimestre em relação ao segundo de 113, 51% nas despesas com pessoal tendo em vista que em janeiro os contratos da gestão anterior foram terminados e a administração fez a reorganização da gestão e concedeu todos os benefícios aos servidores. Além disso, também teve a data base em maio de 6,5%, o que impactou neste crescimento”.

Nas Despesas de Capital, que tem propósito de adquirir ativos reais para, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, os valores chegaram a quase R$ 30 milhões. Os investimentos foram de pouco mais de 281% . “Nós tínhamos empenho no primeiro quadrimestre e a liquidação ocorreu no segundo quadrimestre”, explicou o secretário. A Posição Financeira foi demonstrada com superávit financeiro de quase R$ 113 milhões.

 

Resultados

No Resultado Nominal, que é o balanço entre as receitas totais e as despesas totais, o secretário disse que " nós temos R$ 112 milhões em caixa e mais para arrecadar pra frente”.

Resultado primário, que de acordo com a diretora “demonstra se o município tem condições de se manter, se tem condições de pagar sua dívida, temos um superávit de R$ 97 milhões, isso até o mês de agosto”.

 

Vereadores

Os vereadores tiveram tempo previsto para esclarecer as dúvidas acerca dos dados apresentados. Mas para a maioria ainda há uma falta de entendimento no que diz respeito ao município ter condições financeiras de comprar o uniforme dos alunos da educação básica, conforme questionado por Junior Geo (PROS) e lembrado por outros três vereadores: "as crianças estão até hoje, final do ano letivo, sem uniforme”.

O secretário Viana respondeu que o investimento com uniformes não está incluso no que foi apresentado pela Educação, mas o vereador Junior Geo disse que a “explicação não se justifica”.

Outra crítica feita pelos vereadores foi em relação ao limite prudencial ultrapassado, como afirmado pelo próprio secretário e “a Prefeitura ainda está contratando gente, concedendo benefícios”, lembrou Lucio Campelo (PR).

Iratã Abreu (PSD) disse que vai solicitar maiores detalhes sobre as despesas não computadas do município.

Os vereadores parabenizaram o secretário por estar a frente da pasta, mas lembraram que o mesmo estaria assumindo a responsabilidade de esclarecer custos em andamento de outra gestão, o ex-secretário Adir Gentil. 

 

 

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