Prefeita de Palmas vê interferência do governo na relação entre Paço e Câmara

Segundo ela, o Executivo Estadual interferiu no meio do ano para aparelhar a Câmara contra a gestão municipal, prova disso é que deixaram de votar medidas provisórias importantes

Crédito: Edu Fortes - Secom Palmas

A prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) acusou diretamente o Palácio Araguaia, ou seja, o Executivo Estadual, de atuar politicamente para sabotar a relação entre o Paço Municipal e Câmara de Vereadores.

 

As declarações foram dadas ao longo de uma coletiva de imprensa que ocorreu nesta sexta-feira, 20, à tarde, na sede da Prefeitura, na Avenida JK, quando perguntada sobre a relação dela com os vereadores palmenses.

 

“É sabido que o Palácio Araguaia interferiu no meio do ano para aparelhar a Câmara contra a gestão municipal, prova disso é que deixaram de votar medidas provisórias importantes para a cidade”, disse a prefeita, afirmando que embora não haja candidaturas postas, a disputa política pela Prefeitura de Palmas já começou.

 

A mesma interferência, a prefeita vê neste final de ano quanto a não votação até agora do orçamento de 2020, conforme ocorrido no ano passado.

 

“O orçamento é da prefeita, é para prefeita?" 

 

Segundo a prefeita Cinthia Ribeiro, o interesse na votação do orçamento não é dela pessoal, mas em favor da população de Palmas. “O orçamento é da prefeita, é para prefeita? Não, nós dependemos dele para fazer a gestão de Palmas acontecer. Espero que ao final prevaleça esse visão entre os vereadores.

 

A votação do orçamento, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não ocorreu devido a prefeita ter devolvido à Câmara Municipal o projeto após as emendas dos parlamentares com um veto a uma emenda do vereador Milton Neris, que deseja impedir a transferência de restos a pagar de um ano para o próximo exercício.

 

Essa é uma pratica que vem ocorrendo seguidamente na Prefeitura de Palmas, motivo pelo qual a prefeita ainda paga dividas do exercício de 2018.

 

Duodécimo

 

Sem consenso em torno da aprovação ou não do veto, os vereadores deverão votar o orçamento no próximo ano, provocando, com isso, a obrigatoriedade da gestão trabalhar apenas com o duodécimo, o que restringe a possibilidade de investimentos.

 

A prefeita disse que há dois dias teve uma conversa com Marilon Barbosa, presidente da Câmara, na qual deixou claro que não há da parte dela nenhum mau relacionamento institucional em virtude dele ser irmão do pré-candidato a prefeito de Palmas, o vice-governador Vanderlei Barbosa.

 

Férias

 

Segundo Cinthia, “Marilon seria incluenciado” por um grupo de 5 a 6 vereadores, o que tira dela a confiança de sair de férias de dez ou mais dias, entregando a ele a gestão municipal, já que na linha sucessória e na falta de um vice-prefeito, o presidente da Câmara assume o Paço.

 

 

 

 

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