Prefeita determina abertura de sindicância para apurar caso da morte de Nilo Alves

Amigos do jornalista Nilo Alves, que veio a óbito em sua segunda internação na UPA Sul, acusam de negligência em seu atendimento

Nilo Alves
Descrição: Nilo Alves Crédito: Reprodução/Facebook

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), confirmou ao T1 Notícias que determinou a abertura de sindicância por parte da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para apurar as circunstâncias que levaram a óbito na última sexta-feira, 12, por Covid-19, o músico, historiador e jornalista Nilo Alves.

Nilo aguardava transferência para o Hospital Geral de Palmas (HGP) quando teve a parada cardiorrespiratória que causou sua morte. Circulam pelas redes sociais seu relato em áudio enquanto aguardava por um leito no HGP, que acusava falta de oxigênio para os pacientes da UPA Sul, onde Nilo estava internado.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus) declara que “apura as circunstâncias” do óbito de Nilo Alves, com a finalidade de esclarecer qualquer dúvida quanto à condução no atendimento ao paciente e adotar as providências necessárias, caso seja verificada eventual falha.


Confira a seguir a nota da Semus na íntegra:

NOTA

Data:16/03/2021
Assunto: Atendimento UPA Sul
  
A Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) esclarece que o paciente Marcionilo Alves Silva (Nilo Alves) foi assistido integralmente pela equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento Sul (UPA Sul) no período em que esteve na unidade.

Conforme o prontuário tornado público e que é objeto de questionamentos, o paciente recebeu toda assistência especializada (medicação e oxigênio), no momento e na quantidade em que tal prescrição foi necessária. O mesmo prontuário não afirma que faltou oxigênio ao paciente, mas indica uma situação generalizada naquela unidade de aumento de demanda por oxigênio, uma vez que houve crescimento expressivo na quantidade de pacientes internados na atenção secundária (UPA).

As UPAs são portas de entrada dos pacientes que buscam a rede pública de saúde, e não possuem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No caso de Nilo Alves, já havia sido solicitado leito clínico para o paciente, mas não houve tempo para a troca de leitos.

Ainda que Nilo Alves tenha recebido o acolhimento por equipe especializada, a Secretaria Municipal de Saúde apura as circunstâncias do ocorrido, com a finalidade de esclarecer qualquer dúvida quanto à condução no atendimento ao paciente e adotar as providências necessárias, caso seja verificada eventual falha.

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