Sindicato dos trabalhadores de escolas particulares acusam patronais de retrocesso

Convenção entre sindicato patronal e sindicato dos trabalhadores da rede privada de ensino em Palmas gera revolta; Trabalhadores acusam patronais de retrocederem quanto aos direitos trabalhistas

Trabalhadores que atuam na educação privada de Palmas, docentes e técnicos administrativos, se mostraram contrários às decisões tomadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado do Tocantins (SINEP). A categoria, que tem sindicato próprio, Trabalhadores em Escolas Particulares de Palmas (SINTEPP), acusa o sindicato patronal de tentar tirar direitos trabalhistas dos profissionais.

 

Segundo eles, em duas reuniões realizadas no mês de fevereiro entre as três entidades sindicais – SINTEPP e SINTEPET/ SINEP, "a proposta apresentada pelo Sindicato Patronal fere todos os direitos trabalhistas com a retirada de todas as garantias conquistadas nas convenções anteriores, o que representa um retrocesso na educação em todos os sentidos e perdas reais, inclusive financeiras para o trabalhador. O documento apresentado pelos empresários que representam o SINEP suprime todas as conquistas que os trabalhadores adquiriram ao longo dos anos e fere os princípios que regem a CCT -Convenção Coletiva de Trabalho, em vigor".

 

Dentre as particularidades em questão discutidas, estão a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho e garantia da Data Base, bolsas de estudo, proporcionalidade no desconto do vale transporte e pagamento de horário janela e insalubridade.

 

Entenda

 

Para renovar a convenção e assegurar os direitos trabalhistas já conquistados ao longo de quase duas décadas, a diretoria do SINTEPP e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Particulares do Estado do Tocantins (SINTEPET/TO), ambos entidades representativas dos trabalhadores, se reuniram com a direção do SINEP (patronal) para validar as tratativas de acordo negocial, tentadas pelo SINTEPP desde dezembro de 2017, por meio do Ofício 085/2017, que se referem ao biênio 2018/2020.

 

No entanto, nas reuniões, a proposta apresentada pelo patronal, segundo os trabalhadores, fere os direitos dos profissionais.

 

Segundo o Sindicato dos trabalhadores, estão entre os direitos conquistados que correm risco de ser perdidos a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho e garantia da Data Base; Bolsa de Estudo 100% Integral para o trabalhador ou dependente na instituição de atuação "o que garantiu, por exemplo, que uma colaboradora dos serviços gerais formasse seus três filhos em uma universidade particular de Palmas", contam; Proporcionalidade no desconto do Vale Transporte; Pagamento de Horário Janela; Pagamento de Insalubridade; Bolsa de Estudos para Menor Aprendiz e a Homologação no Sindicato. "São conquistas que agregam valor e que têm impacto social e financeiro na vida do trabalhador das escolas particulares", alegam. 

 

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