Os irmãos Sebastião Rafael Nogueira e Paulo Vicente Nogueira, além de Aline Pereira de Oliveira foram condenados a 18, 15 anos e seis meses e 12 anos de reclusão, respectivamente, pelo assassinato e ocultação do cadáver de Cláudia Alves dos Santos. Aline é prima e filha adotiva da vítima. A pena foi estabelecida pelo juiz Gil Corrêa, da 1ª Vara Criminal de Palmas ao final do julgamento do Tribunal do Júri na madrugada desta quarta-feira, 21.
Segundo a denúncia recebida pela Justiça, no dia 13 de dezembro de 2011, entre as 23 horas e meia noite, os irmãos Sebastião e Paulo, junto com Aline, entraram na residência de Cláudia. Os dois acusados esconderam-se no banheiro enquanto Aline atraiu Cláudia para a sala, onde ela foi surpreendida pelos irmãos, dopada e asfixiada até a morte.
A denúncia informa que, após consumado o crime, os irmãos amarraram os braços de Cláudia para trás e colocaram o corpo no banco traseiro de um veículo, jogando-o em uma fazenda no alto da serra, na rodovia que liga Palmas a Aparecida do Rio Negro. O crime só foi descoberto porque Aline Pereira de Oliveira resolveu denunciar Sebastião Rafael Nogueira, seu namorado à época do crime, em janeiro de 2013.
Segundo o processo, Aline perdeu os pais ainda pequena e após o falecimento da avó materna, com quem morava, passou a morar com a vítima que a teria explorado sexualmente dos 13 aos 18 anos, além de ter se recusado a passar para o nome da então adolescente a herança deixada pelos pais. Paulo, conforme o processo, teve como motivação para o crime as ameaças da vítima de que lhe iria entregar para a polícia apontando o seu envolvimento com drogas, sendo também o responsável pela adesão do irmão, o terceiro acusado, sem motivação aparente.
Iniciado na manhã de terça-feira, 20, o júri se prolongou até as 4h26 desta quarta-feira, quando o juiz Gil Corrêa determinou a pena dos acusados. Sebastião Rafael Nogueira foi condenado a um total de 18 anos de reclusão e seu irmão Paulo Vicente Nogueira a 15 anos e seis meses de reclusão. Ato contínuo o magistrado decretou a prisão dos dois. Já Aline Pereira de Oliveira foi condenada a 12 anos de reclusão, mas poderá recorrer da decisão em liberdade, considerando que a mesma respondeu o processo em liberdade e compareceu a todos os atos processuais.
(Com informações da Ascom/TJTO)
Comentários (0)