Alvo da 5ª fase da Operação Catarse, servidora diz que está licenciada e sem salários

A fisioterapeuta, empresária e servidora pública estadual Cynara Nunes Leão Mota informou que está licenciada do cargo, por interesse particular, sem remuneração, desde o início deste mês de dezembro

Servidora é proprietária de clínica de estética em Paraíso
Descrição: Servidora é proprietária de clínica de estética em Paraíso Crédito: Divulgação/SSP

Em nota enviada à imprensa na noite de ontem, 20, a fisioterapeuta, empresária e servidora pública estadual Cynara Nunes Leão Mota afirmou que foi surpreendida com a abordagem realizada pela Polícia Civil, após ter sido alvo da 5ª fase da Operação Catarse, deflagrada ontem em Paraíso do Tocantins.

 

A operação investiga mais de 300 servidores públicos em todo Estado, que seriam “fantasmas” e estariam recebendo salários sem exercer suas funções. Cynara informou que está licenciada do cargo, por interesse particular, sem remuneração, desde o início deste mês de dezembro, “sendo que nos meses que antecederam seu licenciamento (meses 08/09/11/2018) encontrava-se de férias de suas funções junto a Secretaria de Assuntos Extraordinários”, afirmou.

 

Ainda de acordo com a servidora, ao contrário do que está sendo divulgado, a Clínica de Estética Cynara Leão não é objeto da investigação. A fisioterapeuta destacou que é concursada pelo Estado e cumpre carga de horário de 30 horas, e não de 40 horas, “conforme informação prestada pelo delegado de Polícia, o que não a torna impedida de ter outra atribuição pública e atividades empresariais, até porque os procedimentos estéticos realizados nas clínicas particulares pertencentes à declarante são feitos por profissionais contratados e a função da declarante nas clínicas é de ESTRATEGISTA DE EMAGRECIMENTO, trabalho este que é realizado conforme dito pelo próprio Delegado, através das redes sociais, ou seja, 90% do trabalho realizado pela declarante na clínica é através da internet”, informou a nota.

 

Cynara garantiu que sente-se tranquila quanto às acusações que lhe são imputadas, “pois sempre cumpriu com suas obrigações enquanto servidora pública e empresária, inclusive, colocou-se de pronto à disposição da Polícia Civil para prestar esclarecimentos e forneceu todas as documentações necessárias para elucidação do caso”.

 

Entenda

 

De acordo com o delegado José Lucas Melo da Silva, a servidora, concursada em 2010 na Secretaria da Saúde, também seria concursada na Prefeitura Municipal de Paraíso, além de possuir outras três empresas de estética na cidade. “Não só a carga horária dela no Estado quanto no município eram incompatíveis muito menos com as empresas onde ela divulgava procedimentos estéticos nas redes sociais”, afirmou.

 

Ainda conforme o delegado, no mandado de busca e apreensão foram recolhidos documentos, computadores e telefones celulares. “Ela será ouvida e posteriormente faremos as análises dos materiais recolhidos e vamos encaminhar à equipe responsável pela operação para saber se existe uma inter-relação entre ela e os demais investigados”, afirmou. 

Comentários (0)