Avanço de facções e suas relações com homicídios são atuais desafios, diz SSP

Em entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira, 25, Governo comemorou redução de vários números; entretanto, admitiu que atuação de grupos criminosos é preocupante.

Representantes das forças de segurança durante coletiva.
Descrição: Representantes das forças de segurança durante coletiva. Crédito: Apoena Rezende Governo do Tocantins

O fortalecimento do crime organizado e a disputa de facções por “território de atuação” são os atuais grandes desafios para a Segurança Pública do Estado do Tocantins (SSP).

 

Segundo destacou a delegada-geral de Polícia Civil em exercício, Raimunda Bezerra, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 25, parte significativa dos homicídios registrados no Estado é decorrente de crimes que envolvem grupos criminosos, associados ao tráfico de drogas. Porém, tais dados de homicídios são foram expostos.

 

Mas, para atuar com mais rigor neste cenário, ela citou a criação da Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), como instrumento de fortalecimento do enfrentamento a essas condutas criminosas.

 

Além disso, a representante da Polícia Civil pontuou, em números, o que representaria a efetividade das ações implementadas pelo órgão na repressão ao crime. Foram 13.912 boletins de ocorrência registrados no segundo trimestre de 2018 e quase o dobro de registros em 2019 (27.950).

 

Um total de 4.238 inquéritos policiais foram instaurados nesse período de 2019, enquanto em 2018 registrou-se 3.488 procedimentos abertos. “Até 25 de julho de 2019, foram apreendidas 415 armas ainda pela Polícia Civil, o que demonstra a eficiência e a efetividade do trabalho realizado por nossos policiais”, frisou a delegada.

 

Polícia Militar

 

Nos dados consolidados pela Polícia Militar (PM), foi registrada uma redução significativa do número de atendimentos de crimes contra o patrimônio no segundo trimestre. Em relação aos furtos, foi apresentada uma redução total de 22% nos atendimentos (furto de veículos -22%; furto em residência -32%; furto em estabelecimento comercial +2%).

 

Quanto aos roubos, que correspondem a subtrações marcadas pelo uso de violência ou grave ameaça a pessoa, a diminuição foi da ordem de 24% no trimestre (roubo a transeunte – 27%; roubo de veículos -42%; roubo a estabelecimento comercial +4% e roubo em residência -16%). Além disso, houve importante redução no número de mortes decorrentes de intervenção policial militar.

 

O comandante-Geral da PM, Jaizon Veras, destacou que várias modalidades criminosas preocupam a PM e fazem com que sejam desencadeadas ações de combates a crimes que exigem maior atenção. “Atribuímos as reduções nos atendimentos de ocorrências criminais pela Polícia Militar, que se refletem também na diminuição das mortes em decorrência de nossas intervenções, ao dinamismo das ações desencadeadas, ampliações das operações e a presença de maior número de policiais militares nas ruas”.

 

Esses e outros dados foram apresentados pelos representantes das forças de segurança do Tocantins durante a coletiva de imprensa e referem-se à a atuação dos órgãos no segundo trimestre (de abril a junho) e acumulado de 2019. 

 

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Cristiano Sampaio, os índices relativos aos crimes violentos letais intencionais (CVLI) tiveram aumento nos meses de abril e maio (em relação a homicídios), mas no acumulado do semestre apresentam estabilidade em função da redução verificada no mês de junho. A expectativa é de redução para o próximo semestre.

 

“Temos feito um esforço pra entender o que está acontecendo, ter um diagnóstico claro, e identificar os principais locais onde os índices estão subindo. Vamos trabalhar ativamente para reduzir esses números no segundo semestre do ano. Não nos contentamos com a estabilidade, queremos a redução”, destacou o secretário.

 

Ainda de acordo com o gestor, o foco é trabalhar nas regiões que tiveram aumento em alguns índices variados, como Palmas, Araguaína e Porto Nacional, que registraram maiores índices de homicídio.

 

Incêndios

 

Também presente na coletiva, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) apontou que houve redução no número de incêndios no Estado (-3,6%), passando de 417 no 2º trimestre de 2018 a 402 no mesmo período de 2019, assim como nos acionamentos da Corporação para os casos de busca e salvamento (-13,6%) nos meses de abril, maio e junho de 2019.

 


 

 

 

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