Bancários devem rejeitar proposta de 5,5%; indicativo de greve é para dia 6

Os bancários consideraram a proposta de reajustar os salários em 5,5%, feita pela Fenaban, "vergonhosa". Assembleias em todo o Brasil acontecem na quinta, 1º, e greve pode começar dia seis.

Fenaban e sindicatos se reuniram na sexta
Descrição: Fenaban e sindicatos se reuniram na sexta Crédito: Ascom

A proposta feita aos bancários nesta sexta-feira, 25, pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que propõe um reajuste salarial de 5,5% deve ser rejeitada pela categoria. O presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins (SINTEC-TO), Crispim Batista, informou que a proposta “é muito abaixo da inflação oficial e sem aumento real”. Os bancários de todo o Brasil farão assembleias regionais na próxima quinta-feira, 1º, e podem deflagrar greve a partir do dia seis de outubro.

 

“É vergonhosa a proposta oferecida pelos Bancos e muito abaixo da inflação oficial e sem aumento real. No início da próxima semana já iniciamos a entrega do Kit Greve, convocamos assembleia e vamos continuar nossa luta. Se necessário vamos fazer greve sim”, afirmou Crispim ao lembrar que a inflação no período foi de 9,88%.

 

A Fenaban ofereceu ainda aos bancários um abono salarial de R$ 2.500, o que também não agradou a categoria. “Agora os sindicatos vão levar a proposta para análise e discussão em assembleia e se a categoria recusar vai ser dado início a greve”, informou Crispim.

 

O comando nacional de greve alega que os cinco maiores bancos brasileiros, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander, tiveram juntos no primeiro semestre de 2015 um lucro líquido de mais de R$ 36,3 bilhões, o que representa um crescimento de 27,3% se comparado com o mesmo período de 2014.

 

Campanha Salarial 2015

As negociações da Campanha Salarial 2015 tiveram início em 11 de agosto quando foi entregue a pauta de reivindicações dos bancários à Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Neste ano, os trabalhadores em bancos reivindicam reajuste de 5% de aumento real mais INPC dos últimos doze meses (setembro de 2014 a agosto de 2015); piso salarial com base no valor calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); maior participação nos lucros e resultados; combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das terceirizações e das demissões nos bancos; melhoria da segurança nas agências e no ambiente de trabalho para prevenir e combater doenças ocupacionais.

 

(Com informações da Ascom/Sintec-TO)

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