Conselho de Medicina convoca coletiva para expor impacto das demissões de 629 médicos

Centenas de contratos temporários da área da saúde, incluindo os 629 médicos em atuação nos hospitais públicos do Tocantins, foram extintos pelo Estado nesta semana

CRM quer expor impacto das demissões no atendimento à população
Descrição: CRM quer expor impacto das demissões no atendimento à população Crédito: Imagem ilustrativa/ Ascom CRM-TO

O Conselho Regional de Medicina (CRM-TO) convidou a imprensa do Tocantins para participar de uma entrevista coletiva às 14h30 desta sexta-feira, 4, na sede do Conselho, em Palmas, localizada na Avenida Theotônio Segurado.

 

Na coletiva será tratada a decisão do Governo do Estado que acarretou na demissão de 629 médicos contratados para atuar nos hospitais públicos do Tocantins.

 

De acordo com o CRM, o objetivo dos diretores da entidade é expor o impacto destas demissões no atendimento à população nos hospitais e os prejuízos assistenciais à sociedade.

 

Em nota enviada à imprensa nesta semana, o Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed-TO) repudiou o que chamou de “extinção desordenada” de contratos temporários da área da saúde, incluindo os 629 médicos em atuação nos hospitais. A entidade cobrou da gestão uma solução imediata para não prejudicar a população tocantinense.

 

Em Diário Oficial do dia 1º de janeiro, o governo extinguiu mais de 15 mil contratos com servidores que atuavam na administração estadual, em diversas áreas.

 

Entenda

 

Após as demissões, moradores de todo o Tocantins tem postado nas redes sociais imagens e vídeos registrando a falta de atendimento nos hospitais públicos, incluindo o Hospital Geral de Palmas. Conforme os relatos, não há pessoal suficiente para dar assistência aos pacientes por falta de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e todas as outras classes de trabalhadores assistenciais que atuam nas unidades.

 

Em Porto Nacional, a população chegou a acionar as polícias Civil e Militar após não receber atendimento nos hospitais públicos da cidade.

 

Em nota, a Secretaria da Saúde afirmou que está organizando as escalas dos profissionais para atender a demanda dos atendimentos, inclusive no HGP. Também por meio de comunicado feito no final desta quinta-feira, 3, a Secretaria de Estado da Saúde disse que está trabalhando para que, ainda nesta sexta, todos os contratos necessários para a manutenção dos serviços essenciais sejam devidamente regularizados sem qualquer prejuízo para os servidores ou para a população.

 

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