Coren critica Governo e diz que servidores da Saúde estão sobrecarregados

Com a proposta apresentada pelo governo sobre as progressões e adicionais atrasados, a presidente do Coren falou que a categoria está com sentimento de revolta e sobrecarga de trabalho.

O Portal T1 Notícias conversou com a presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Ana Laje, nesta terça-feira, 24, tendo em vista que sindicatos da categoria não ficaram satisfeitos com a proposta apresentada pelo Governo para pagamento dos valores retroativos das progressões funcionais, além do adicional noturno e de insalubridade. Para ela, a situação dos servidores da Saúde, que já estaria difícil, pode piorar com a proposta.

 

“Hoje a enfermagem está sofrendo. Estamos de pés e mãos atados. A proposta de jogar para o ano que vem [os pagamentos] nos faz pensar em até que ponto os nossos profissionais vão aguentar”, disparou Ana Laje ao informar que os profissionais enfermeiros e enfermeiras tem sobrecarga de trabalho.

 

Segundo as informações da presidente, 80% dos profissionais de enfermagem do Tocantins tem ligação com o Governo e a categoria representa cerca de 75% da ocupação do setor de Saúde. De acordo com ela, os profissionais estão tendo problemas de saúde, como depressão, pelas condições atuais de trabalho.

 

“O nosso sentimento hoje é de revolta. Temos, por exemplo, UTIs que não podem ficar sem cobertura e não posso colocar um técnico em enfermagem para ser responsável. Nós chegamos ao patamar de ter dois profissionais para atender 18 pacientes, sendo que a norma é que cada profissional atenda no máximo 2 pacientes”, informou Ana Laje.

 

Diante desta situação, a presidente do Coren destacou que os profissionais além da sobrecarga de trabalho, estão tendo que fazer horas extras, ou plantões extras, que segundo ela não estão sendo pagos. No entanto, conforme a Sesau já informou ao Portal, alguns critérios precisam ser observados no que diz respeito ao pagamento dos Plantões.

 

“Além disso tudo, o governo suspendeu toda a possibilidade de o trabalhador ter qualidade no trabalho. Hoje ele não suspendeu só os direitos de progressão, mas de adicional noturno e insalubridade”, pontuou.

 

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