Corpo de Bombeiros treina cães para resgate de vítimas em escombros e desmoronamentos

Três cães de raças distintas, que são do Corpo de Bombeiros do Tocantins, estão em treinamento para buscar certificação inédita para a Região Norte do Brasil

Crédito: Divulgação

O treinamento especial de buscas a vítimas em estruturas colapsadas, como escombros e desmoronamentos está sendo realizado diariamente com três cães do Corpo de Bombeiros Militar. Comandado pelo sargento Raphael Mollo, cinotécnico da instituição, o projeto valoriza algumas das qualidades dos animais como a agilidade, a versatilidade e grande poder olfativo.

 

No treinamento a equipe usa situações do dia a dia para o adestramento de Sky, Dori e Nanf. Os três são de raças diferentes, com satisfatório resultado nas tarefas. Segundo o Corpo de Bombeiros, Sky e Dori têm dois anos de idade. Sky é uma Belga Malinois, e Dori, uma Boiadeira Australiana. Nanf é o caçula, de quatro meses. Mix de Pastor Alemão com Malinois, ele já recebe o treinamento proporcional a sua faixa etária e vem respondendo muito bem às atividades propostas.

 

Certificações

 

Raphael Mollo e Sky terão um grande desafio nos dias 11 e 12 de novembro, na Certificação Nacional de Cães de Busca, durante o Seminário Nacional dos Bombeiros (SENABOM), em São Luís – MA, e outro nos dias 28 a 30, do mesmo mês, na Certificação Internacional de Cães de Busca, promovida pela International Search and Rescue Dog Organization - IRO.

 

Nas duas oportunidades o trabalho realizado com a Sky será testado, avaliado e, sendo bem sucedido, vai ser a primeira certificação para um cão de busca na Região Norte do Brasil.

 

Raphael Mollo revela que a expectativa aumenta à medida que o evento se aproxima, mas até nisso é preciso cuidado para que a cadela Sky também não seja afetada. “É preciso o máximo de controle, pois o cão sente muito o estado emocional do condutor. Se o condutor está ansioso, o cão também fica ansioso. Se o condutor fica nervoso, o cão também muda o comportamento. Se o cão sente que o condutor não está bem, ele para de responder dentro da pista, é um instinto de matilha”, conta.

 

Contudo, as provas exigem mudança na rotina da equipe. “Isso faz com que tenhamos que treinar mais intenso duas atividades, que é a busca em estrutura colapsada, para a prova em São Luís, e a busca em ambiente rural, para a certificação internacional. Pela manhã treinamos uma atividade e a tarde outra, além disso realizamos treinos diários de obediência que é uma das etapas das provas”, resumiu.

 

O sargento tem no cão, outro grande parceiro de trabalho no dia a dia como bombeiro, um fiel escudeiro com diversas vantagens em comparação com o homem.

 

 “Com o cão capacitado e habilitado, evitamos a entrada desnecessária e perigosa de Bombeiros em área de Estruturas Colapsadas antes da hora, tendo em vista que o homem não consegue identificar ou localizar uma pessoa viva ou restos mortais entre os escombros sem ter visual da vítima. E em campo aberto, o cão varre uma área que equivale ao trabalho de 20 homens”, concluiu o sargento.

Comentários (0)