Criança do TO com doença rara precisa retomar tratamento de saúde em Goiânia

Família se mudou para Goiânia para ter acesso aos tratamentos médicos de que a filha necessita, mas eles têm enfrentado dificuldades em continuar com as sessões a laser

Kemilly atualmente com a mãe
Descrição: Kemilly atualmente com a mãe Crédito: Divulgação/Facebook

Dois anos após se mudar para Goiânia (GO) em busca de tratamento para a filha, a família da menina Kemilly Vitória Pereira de Souza, vítima de uma doença rara que faz crescer excesso de pelos pelo corpo e que atualmente tem 4 anos, não pensa em voltar para o Tocantins. Segundo a mãe da menina, Patrícia Batista Pereira, a família financiou uma casa na capital goiana para ter acesso aos tratamentos médicos de que a filha necessita, mas eles têm enfrentado dificuldades em continuar com as sessões a laser que criança estava fazendo.

 

“Ela estava sendo tratada em dois lugares, no Hospital Infantil público daqui, onde ela recebia o tratamento nos membros superiores e inferiores e numa clínica particular, onde ela fazia sessões em partes mais delicadas do corpo como orelhas, rosto, etc. Mas já há quase dois meses a máquina do hospital está quebrada, segundo nos disseram os médicos, e na clínica em que éramos atendidos quase não estamos conseguindo marcar mais as sessões”, afirma a mãe de Kemilly.

 

Após passar por vários especialistas no Tocantins e em Goiás a menina foi diagnosticada com hipertricose lanuginosa congênita, uma doença extremamente rara com poucos afetados ao redor do mundo. Foram relatados cerca de 50 casos e estima-se que sua incidência na população seja 1 caso em 10.000.000. A doença também é chamada de “síndrome do lobisomem” e não causa problemas sérios à saúde. Entretanto, portadores são vítimas de preconceito em razão da aparência.

 

Segundo o pai Antônio de Souza havia relatado ao T1 Notícias, a família buscou ajuda desde o primeiro mês de vida de Kemilly. “Ela já nasceu toda cheia de pelos, eram mais claros, mas dava para ver. Como ela tinha passado do dia nascer, teve que passar 11 dias no hospital. Ela é uma menina. Quando a gente a leva para brincar num parquinho, todo mundo fica olhando, as outras crianças riem”.

 

O tratamento estava sendo realizado com frequência, mas família teme que com a redução das sessões o caso da filha sofra regressão. “Melhorou muito com o tratamento, os pelos reduziram bastante, mas antes ela fazia duas sessões por mês, agora, quando conseguimos, é só uma por mês. A gente tem medo que isso prejudique o tratamento dela que ainda precisa ser feito por mais algum tempo, segundo os especialistas que a acompanham”, diz Patrícia.

 

A família espera que as clínicas da capital goiana se solidarem com o caso e os ajude a continuar com o tratamento de Kemilly. “Nós organizamos nossa vida aqui em Goiânia e graças a Deus meu marido está trabalhando. Minha filha é uma criança maravilhosa, alegre e cheia de vida. Só o que queremos é que ela possa continuar seu tratamento para que tenha mais qualidade de vida e possa levar uma rotina normal, como todas as outras crianças”, relata a mãe. 

 

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