Delegado diz que colherá declarações do prefeito Dotozim "em tempo oportuno"

O prefeito Dotozim, como é conhecido na cidade, recebeu alta do Hospital Geral de Palmas (HGP) ontem, após ter passado por uma cirurgia de reconstrução facial

Prefeito será ouvido sobre suposto esquema de propinas na cidade
Descrição: Prefeito será ouvido sobre suposto esquema de propinas na cidade Crédito: Divulgação

Em nota enviada ao T1 Notícias na noite de ontem, 16, a Secretaria de Segurança Pública relatou que o delegado responsável pelas investigações sobre a tentativa de assassinato do prefeito de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar, ocorrida em 9 de janeiro, vai ouvir a vítima assim que possível.

 

O prefeito Dotozim, como é conhecido na cidade, recebeu alta do Hospital Geral de Palmas (HGP) ontem, após ter passado por uma cirurgia de reconstrução facial, já que um dos tiros desferidos contra ele atingiu seu rosto. Ao T1 Notícias, a Secretaria da Comunicação apenas informou que “a família de Elson Lino de Aguiar, prefeito de Novo Acordo, não autorizou o Hospital Geral de Palmas passar informações sobre o paciente”.

 

Também não foram confirmadas informações do local para onde o prefeito foi levado após a alta. Segundo apurado pelo T1, por questões de segurança, os familiares estão mantendo em sigilo o paradeiro de Dotozim, que ainda estaria sofrendo ameaças.

 

Segundo a SSP, o delegado Diogo Fonseca, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais - DEIC, Núcleo de Porto Nacional, colherá as declarações da vítima “em tempo oportuno, ainda não definido pela autoridade policial”. Ainda conforme a pasta, o procedimento investigativo permanece em sigilo e novas informações serão repassadas posteriormente.

 

O atentado contra a vida de Dotozim teria sido encomendado pelo vice-prefeito da cidade, Leto Moura Leitão Filho (PR), que está preso, mas nega qualquer participação no crime. A Polícia Civil havia afirmando, na semana passada, que assim que deixasse o HGP o prefeito prestaria esclarecimentos sobre uma suposta divisão de propinas na prefeitura da cidade, que teria sido a motivação do crime. Sobre o suposto esquema, os advogados de Dotozim informaram que o prefeito jamais permitiu qualquer tipo de ato ilícito durante seu mandato.

 

A Polícia Civil informou que divergências na divisão de R$ 800 mil, possivelmente desviados dos cofres públicos da prefeitura, teriam sido o motivo para o vice-prefeito, suspeito de ser o mandante do crime, ter encomendado a morte de Dotozim. Além de Leto, foram presos Gustavo Araujo da Silva, que seria o autor dos tiros, e o empresário Paulo Henrique Sousa, que teria intermediado a organização do atentado.

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