Delegado titular da DRACCO é servidor de carreira, conforme desejo da categoria

Delegado é servidor efetivo da Polícia Civil desde 2002.
Descrição: Delegado é servidor efetivo da Polícia Civil desde 2002. Crédito: SP Divulgação

Para a recém criada Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), o Governo do Estado nomeou nesta segunda-feira, 1º de julho, o delegado Evaldo de Oliveira Gomes como diretor. Ele é servidor de carreira e, desta forma, a nomeação atende o que defendeu a categoria quando o projeto de lei que cria a diretoria em 12 de junho.

 

A Diretoria será composta por quatro divisões especiais para o combate à corrupção, ao crime organizado, repressão a narcóticos e aos crimes cibernéticos, cabendo a ela a execução e coordenação da repressão a crimes marcados pela complexidade e praticados de forma sistêmica em níveis estadual, nacional e até transnacional.



Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), a DRACCO foi criada partir de oficialização da Coordenação-Geral de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, adotando como critério para a distribuição de recursos do governo federal para a área de Segurança Pública nos Estados a criação, no prazo de três meses, de um órgão de combate à corrupção hierarquicamente superior a uma delegacia.

 

A criação da DRACCO é vista com desconfiança por alguns profissionais da SSP e figuras públicas, como é o caso do humorista tocantinense Paulo Vieira. Em redes sociais, ele disse acreditar que a criação da Diretoria seria uma manobra para barrar investigações que envolvam parlamentares e políticos tocantinenses. Além disso, acreditam que a nova diretoria foi criada para substituir a Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA), que tem conduzido no Estado, desde de dezembro de 2018, a Operação Catarse, que investiga ex-funcionários fantasmas no âmbito da administração pública.  

 

Perfil


O delegado Evaldo de Oliveira integra o efetivo da Polícia Civil desde 2002 e foi o primeiro titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais – DEIC, de Palmas, quando ela foi criada, em 2011. Assumiu novamente a referida Delegacia, de 2018 até este ano. Também foi titular da DEIC, em Araguaína, de 2009 a 2011; e titular da 5º Delegacia de Polícia Civil, na região Sul de Palmas (Taquaralto), de 2016 a 2018.



Este ano, participou do V Curso de Investigação e Análise Financeira, Edição Tocantins, promovido pela Polícia Federal. O curso é um desdobramento do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD), mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP, que tem como uma de suas principais metas o enfrentamento à corrupção. 

 

O delegado também é especialista em Gestão em Segurança Pública e em Ciências Criminais. Possui curso em Operações Táticas de Alto Risco; em Cumprimento de Mandados de Alto Risco; e Aperfeiçoamento no Combate à Lavagem de Capitais, dentre outros.



Segundo o diretor, “o objetivo é unir as delegacias especializadas em torno do trabalho de combate à corrupção e ao crime organizado, permitindo que se consiga ampliar essa atuação no Estado”.

 


Novo corregedor-geral



Na mesma publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira, 01, também consta a nomeação do novo corregedor-geral da Polícia Civil do Estado do Tocantins, Márcio Girotto Vilela. O delegado de polícia civil atuava como corregedor-adjunto no órgão e já exerceu a função de diretor de polícia do interior entre os anos de 2015 e 2018, sendo o responsável por comandar a Operação Cronos, de alcance nacional, que resultou, em agosto de 2018, na prisão de 74 pessoas e na apreensão de 3 adolescentes infratores no Tocantins.

Comentários (0)